segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

O caso dos dez negrinhos (ou E não sobrou nenhum)

Uma das capas do livro com o título original.
Foto: Internet
Passado todas as festas de final de ano, enfim chegamos em janeiro. Mês esse que é bem longo, mas que também é um mês de férias e por isso nem ligamos para quantos dias ele tem. É até bom que ele seja longo pra dar tempo de fazer tudo, inclusive de ler. Sabe-se que é um mês onde, muitas vezes, se deixa a leitura um pouco de lado, mas trouxemos para vocês um livro curto e que, com certeza, vai prender sua atenção do início ao fim: O Caso dos Dez Negrinhos, da imortal Agatha Christie.

Esse livro agora é encontrado sob o título de 'E não sobrou nenhum'. Mudaram o título original do livro, uma lástima, para evitar que se relacionasse com o racismo. Abro aqui um parênteses para dizer o quanto detestei isso. É um politicamente correto burro, porque o nome 'negrinhos' do título nem se refere a questão racial, sem falar que o novo título conta o final do livro. Bem, a mudança se iniciou nos EUA e, por força contratual, foi seguida mundo afora.

Voltando a história, dez pessoas, que a princípio não têm nada em comum, são mandadas para uma ilha, a Ilha do Negro na versão original do livro que é a versão que serviu de base para a crítica. Eles são supostamente convidados por amigos, mas descobrem depois que um milionário chamado U.N. Owen manobrou para prendê-los ali. O livro é muito interessante porque começa já com mistério. Ninguém sabe nada e o porque de estarem ali.

Com poucas páginas de história sabe-se o que os prendem ali e o que essas pessoas têm em comum: cometeram crimes e ficaram impunes. A justiça não conseguiu provar na ocasião que seriam eles os culpados. Foi a deixa perfeita para alguém que não suporta injustiça começar a ser o juiz de todos ali. Para isso ele usa um texto de uma brincadeira antiga que tem o nome 'O caso dos dez negrinhos', por isso o nome do título.

O livro é curto e é fantástico, como sempre são os livros de Agatha. Se quiserem também podem, após a leitura, ver o filme. Tem uma filmagem de 1945 e outra de 1987, eu vi e a segunda e ela é bastante fiel. No filme, que tem o nome do livro original, já tem algumas mudanças: o texto da brincadeira utilizada não se chama 'o caso dos dez negrinhos' e sim 'dos dez indiozinhos', assim como a ilha também se chama Ilha do Índio.

O final do livro, que não vou contar aqui, é muito, mas muito inteligente. Se em algum momento da leitura você desconfia de quem está por trás de tudo, a desconfiança se vai no meio da leitura. Mesmo você tendo uma ideia do final pelo novo título, como esse final acontece é que é fantástico, pois é muito inteligente.

Com esse excelente mistério, só resta desejar a vocês uma boa leitura. Grande abraço e até a próxima.

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