Foto: Literagindo |
Por: Jean Ribeiro
Tinha acabado de terminar uma leitura e estava refletindo qual seria meu próximo livro. Após olhar a minha pilha de espera, decidi que precisava ler algo diferente, algo totalmente fora do meu tipo e gênero de leitura, algo no qual eu ainda não tivesse me aventurado. Então, por coincidência, encontrei um anúncio em um site, o livro de título Para Todos Os Garotos Que Já Amei. Assim, sem muita delonga, decidi adquirir o livro e me aventurar no mundo voltado para o público feminino. Juro, não me arrependi.
Para Todos Os Garotos Que Já Amei foi escrito por Jenny Han e conta a história de Lara Jean Song(Ela ter o meu nome foi outra coincidência agradável). Lara Jean tem duas irmãs, a mais velha Margot e a mais nova Kitty. Elas tem apenas o pai, pois a mãe é falecida. O relacionamento da família é muito intenso e a forma que a autora consegue transmitir isto, faz com que você se sinta parte da família também. O começo da história é bem apreensivo para a família, pois Margot está indo para a faculdade na Escócia, o que deixa a família muito abalada pela separação. Margot era metódica e organizava tudo na casa e agora esta responsabilidade caíra sobre Lara Jean.
"Ela dá um passo na minha direção e eu dou um passo na direção dela e nos abraçamos, chorando, e o alívio que eu sinto é imensurável. Somos irmãs, e não há nada que ela ou eu possamos dizer ou fazer que vá mudar isso."
Após a viagem de Margot, Lara Jean sente a pressão das responsabilidades familiares, além disso, algo faz com que sua vida fique em uma completa confusão, pois Lara mesmo tendo 16 anos nunca tinha tido um relacionamento sério. Sempre que gostava muito de um garoto, ela escrevia uma carta, mas não uma carta de amor, mas sim de despedida. Após escrever a carta, ela colocava em uma caixa de chapéu azul e o sentimento também se desfazia. Porém, um dia a caixa sumiu e, alguns dias depois, Lara Jean descobre que os garotos para quem escreveu as cartas, acabaram por recebê-las.
E como se livrar dessa situação? Como reagir quando alguém te pergunta sobre algo escrito a anos atrás? Como será aguentar as responsabilidades sem Margot? O que fazer quando não se sabe realmente o que sente por alguém?
Infelizmente não posso me aprofundar mais, porque posso acabar revelando algumas coisa que podem tira algumas surpresas que o livro traz.
"Se o amor é como uma possessão, talvez minhas cartas sejam meu exorcismo."
A narração em primeira pessoa faz com que a história transcorra de forma dinâmica e que nos permite estar realmente na cabeça de uma adolescente. Posso até estar errado, mas vi muito da autora em Lara Jean. Outro ponto alto da história, talvez até o principal, são as personagens. Tanto a família Song, como todos os outros são bem trabalhados, onde até aqueles que você não se afeiçoa muito, ganham destaque devido ao poder da autora em retratar seus personagens. A minha personagem preferia é a Kitty, pois apesar de pequena, ela possui uma astúcia tremenda e a descrição de seu modo de ser e agir com certeza a torna uma personagem realmente incrível.
Enfim, todo o dilema de Lara Jean é descrito é um livro de leitura fácil, porém intensa, onde a história se desenvolve de tal forma que você nem percebe quando o livro está chegando ao fim.
O que para mim começou como uma aventura para um outro universo da leitura, terminou com uma surpresa realmente agradável onde agora estou bastante ansioso pela continuação que infelizmente ainda não tem previsão de lançamento em nosso país.
Recomendo a leitura deste livro e aproveito para parabenizar a Editora Intríseca pelo ótimo trabalho realizado neste ótimo livro. Não deixem de ler, asseguro que vai valer a pena.
"O Amor é assustador: ele muda, ele pode ir embora. Esse é o risco. Eu não quero mais ficar com medo."
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