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Foto: Literagindo |
Por Leandro Silva
Recentemente eu falei sobre algumas manias que os leitores têm e que não são poucas. Dentre elas disse que muitas vezes compramos livros que queremos muito ler e acabamos deixando pra depois e depois e depois. Bem, isso aconteceu com o livro sobre o qual vou escrever aqui: O menino do pijama listrado. Comprei o livro em 2011 por indicação de uma amiga que disse não fazer sentido ver o filme sem ler a história antes. Pois bem, comecei e terminei de lê-lo há alguns dias, quatro anos depois.
Um clássico que merece estar na estante de qualquer leitor, o livro tem como plano de fundo a Segunda Guerra Mundial e conta a história do pequeno Bruno, que se muda de Berlim depois que o pai é alçado ao cargo de Comandante do Exército de Hitler e mandado para tomar conta de um campo de concentração fora da Alemanha. Nesse novo endereço, onde havia apenas os soldados além da família de Bruno, o garoto descobre, como ele chama, uma ‘fazenda’ há alguns metros de sua nova residência, onde estão os judeus capturados pelo exército alemão.
O livro é perfeito pelo seguinte: vamos descobrindo tudo pelos olhos de Bruno, que não faz ideia do que está acontecendo. Não sabe da guerra; não sabe quem são as pessoas do outro lado da cerca; quando descobre quem são vem a dúvida sobre os judeus, de porque eles serem tratados daquela maneira. Quando ele sai à procura do que fazer ele acaba encontrando o pequeno Shmuel, judeu e que está separado dele por conta da cerca que delimita o campo de concentração. É a primeira criança que ele encontra em muito tempo e acaba logo se tornando o melhor amigo do garoto. “Juntos”, eles passam por várias aventuras, algumas decisivas e outras que pões em cheque a amizade de um pelo outro.
Durante a leitura temos personagens que nos dão raiva, como o Tenente Kotler. Mas também alguns que nos encantam, como é o caso da família inteira de Bruno e, claro, do próprio Bruno e do Shmuel. Ah, o Pavel também é um personagem que merece atenção. O final do livro é surpreendente. Não esperava que terminasse desse jeito. É emocionante.
Um livro doce sobre uma amizade incrível. Lembrou-me muito o livro de Markus Zusak, ‘A menina que roubava livros’. John Boyne escreveu ‘O menino do pijama listrado’ em dois dias e meio, foi o livro dele escrito de forma mais rápida e, pasmem, saiu perfeito. Aconselho a leitura, para os que ainda não leram, e logo depois vejam o filme (que está na grade da Netflix), pois o longa soube captar bem a essência do que John escreveu.
É isso pessoal, abraço e até a próxima.
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