sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Crítica - À Espera de Um Milagre - Stephen King


Foto: LiterAgindo




Por Jonathas Passos

Olá LiterAgentes. Todos vocês sabem o quanto eu sou fã do grande escritor Stephen King e de sua obra. Ele é, em grande parte, reconhecidíssimo  devido aos seus livros de terror, mas ao se aventurar em outros estilos, ele não perde a sua incrível forma de escrever.

Publicado originalmente como um romance seriado, À Espera de Um Milagre, foi um sucesso instantâneo e, venhamos e convenhamos, ele tem todos os méritos para isso.

Nessa obra acompanhamos a história de Paul Edgecombe, um homem bastante velho que em tempos remotos era o chefe da ala do presídio em que ficavam os prisioneiros condenados à morte, conhecida entre eles como a milha verde.

Durante todo o tempo em que Paul trabalhou ali, ele presenciou diversos acontecimentos tristes, engraçados e até mesmo estranhos, mas nenhum deles se compara aos acontecimentos que se desenrolaram depois que o prisioneiro chamado John Coffey (que é parecido com café mas não se escreve igual não) chegou naquele lugar. John, um negro gigantesco que foi acusado de estuprar e matar duas meninas, chamou a atenção de Paul não só pela sua estrutura corporal gigantesca, mas também pela sua forma de agir e se portar, muitas vezes parecendo que não sabia de nada das coisas da vida, ao ponto de ter medo de dormir no escuro.

Além de John, a milha verde era habitada por outros condenados à morte, entre eles estão, Eduard Delacroix e seu rato senhor Guizos, Arlen Bitterbuck e o preso/servente Toot-Toot. Entre os guardas que ajudavam Paul a manter a ordem na milha verde podemos citar, Brutus "Brutal" Howell, Dean Stanton e Harry Terwilliger.

Deixei dois personagens "principais" de fora pois pretendo falar deles depois.

Tudo era normal na milha. Os prisioneiros vinham, passavam um tempo ali, talvez se preparando para o seu fim, e quando o dia chegava eles eram executados. Podemos dizer que houve dois momentos em que as coisas realmente começaram a dar errado. Primeiro foi com a chegada do mais novo guarda da milha, o inacreditavelmente irritante Percy Wetmore, um filhinho de papai que tinha influência no governo da época e acabou conseguindo um emprego naquele lugar. Quando eu disse que ele era realmente irritante eu não estava exagerando, passei bem perto de tentar apagar o nome dele do livro. Um personagem arrogante, prepotente, infantil e que você sente a necessidade de odiar, podemos parabenizar demais o ator Doug Hutchison pela belíssima atuação, que conseguiu transmitir de maneira magistral a personalidade do personagem na adaptação cinematográfica do livro. E o segundo momento que as coisas começaram a desandar foi a chegada do prisioneiro Wild Bill Wharton, um arruaceiro que gosta de arrumar confusão e que no final descobrimos que guarda um horrível segredo.

Durante toda história nos é mostrado a luta de Paul para tentar entender John e depois a busca pela absorvição deste. Ao realizar diversos milagres, primeiro curando Paul de uma infecção urinária que já durava um longo período de tempo, depois restabelecendo a saúde do Senhor Guizos e por fim curando a esposa do administrador do presídio, que estava com câncer cerebral, John acaba ganhando a confiança e o respeito de todos aqueles que convivem com ele.

Confesso que chorei muito ao fim do livro, terminei de lê-lo, quando ia de ônibus para a faculdade e não consegui segurar as lágrimas.

Novamente o Sr King nos surpreende com sua forma de escrita que consegue envolver o leitor do começo ao fim. Vale muito, muito mesmo, a pena ler este grande livro.

É isso pessoal. Até a próxima.

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