segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Que em 2016 a literatura continue agindo

Saiba, principalmente, escrever a literatura da sua vida.
Foto: Internet
E o ano de 2015 vai se despedindo da gente, quase que num piscar de olhos chegamos a sua última semana, a semana de número 53, e logo mais estaremos em seu último dia, 31 de dezembro. Para uns um ano difícil, para outros um ano incrível. Para todos, um ano bem conturbado e inesquecível. Para o Literagindo não foi diferente.

Nesse ano de 2015 completamos nosso primeiro ano de vida e comemoramos em grande estilo. A primeira comemoração foi em fevereiro, quando comemoramos a criação do blog, foi quando a ideia surgiu e nós três (Jean, Jonathas e Leandro) nos juntamos e começamos a organizar tudo, isso em 2014. A segunda comemoração, esta registrada em vídeo, foi em agosto, quando o blog comemorou de fato aniversário.

Durante este ano foram várias as críticas postadas, vários vídeos exibidos e incontáveis livros recomendados por nós aqui do Literagindo. Nossa página no facebook esteve movimentada durante todo o ano onde pudemos ficar cada vez mais perto de vocês, leitores. Assim como em nosso canal no youtube. Sem esquecer-se do Instagram, claro. Nossas fotos sempre vão parar lá. O blog continua vivo e segue firme, com críticas todo mês para vocês – sejam elas escritas ou em vídeo.

Então você pode estar se perguntando aonde queremos chegar. Bem, eu explico. Queremos desejar a todos boas festas. Um 2016 cheio de paz, saúde e com muitos livros. Continuaremos com a nossa divertida missão de recomendar os melhores livros a vocês, tendo em troca essa receptividade e o feedback de sempre. Vocês são realmente os melhores leitores. 

Então é isso, um bom réveillon a todos e nos encontraremos por aí, nos livros. Pois, como diz o nome de nosso blog, é a literatura agindo, em ação, e assim ela se faz a cada vez que começamos uma leitura. 

Feliz Ano Novo!

domingo, 27 de dezembro de 2015

A doce amizade de Bruno e Shmuel em O menino do pijama listrado

Foto: Literagindo
Por Leandro Silva 

Recentemente eu falei sobre algumas manias que os leitores têm e que não são poucas. Dentre elas disse que muitas vezes compramos livros que queremos muito ler e acabamos deixando pra depois e depois e depois. Bem, isso aconteceu com o livro sobre o qual vou escrever aqui: O menino do pijama listrado. Comprei o livro em 2011 por indicação de uma amiga que disse não fazer sentido ver o filme sem ler a história antes. Pois bem, comecei e terminei de lê-lo há alguns dias, quatro anos depois.

Um clássico que merece estar na estante de qualquer leitor, o livro tem como plano de fundo a Segunda Guerra Mundial e conta a história do pequeno Bruno, que se muda de Berlim depois que o pai é alçado ao cargo de Comandante do Exército de Hitler e mandado para tomar conta de um campo de concentração fora da Alemanha. Nesse novo endereço, onde havia apenas os soldados além da família de Bruno, o garoto descobre, como ele chama, uma ‘fazenda’ há alguns metros de sua nova residência, onde estão os judeus capturados pelo exército alemão. 

O livro é perfeito pelo seguinte: vamos descobrindo tudo pelos olhos de Bruno, que não faz ideia do que está acontecendo. Não sabe da guerra; não sabe quem são as pessoas do outro lado da cerca; quando descobre quem são vem a dúvida sobre os judeus, de porque eles serem tratados daquela maneira. Quando ele sai à procura do que fazer ele acaba encontrando o pequeno Shmuel, judeu e que está separado dele por conta da cerca que delimita o campo de concentração. É a primeira criança que ele encontra em muito tempo e acaba logo se tornando o melhor amigo do garoto. “Juntos”, eles passam por várias aventuras, algumas decisivas e outras que pões em cheque a amizade de um pelo outro.

Durante a leitura temos personagens que nos dão raiva, como o Tenente Kotler. Mas também alguns que nos encantam, como é o caso da família inteira de Bruno e, claro, do próprio Bruno e do Shmuel. Ah, o Pavel também é um personagem que merece atenção. O final do livro é surpreendente. Não esperava que terminasse desse jeito. É emocionante.

Um livro doce sobre uma amizade incrível. Lembrou-me muito o livro de Markus Zusak, ‘A menina que roubava livros’. John Boyne escreveu ‘O menino do pijama listrado’ em dois dias e meio, foi o livro dele escrito de forma mais rápida e, pasmem, saiu perfeito. Aconselho a leitura, para os que ainda não leram, e logo depois vejam o filme (que está na grade da Netflix), pois o longa soube captar bem a essência do que John escreveu.

É isso pessoal, abraço e até a próxima.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

[CRÔNICA] Uma pequena crônica

Foto: Internet

Por Leandro Silva

Enfim estamos em dezembro e é nesse mês que adoramos fazer listas do que realizamos no ano que vai chegando ao fim e também promessas para o que está por vir. No caso de muitos leitores é o caso de fazer lista de quantos livros leram em 2015. Mas, você já parou pra pensar em quantos livros não leu?

Sério, quantos livros você disse que ia ler e nem se quer pegou? Comprou – quando chegou a fazer isso, mas nunca o tirou da estante, sob o pretexto de estar com muitos na fila. Eu vou logo dizendo: não fiz lista disso, mas fazendo uma contagem rápida, passam de vinte. Só pra citar um, Cidades de Papel. Acabei vendo o filme e até agora nada de ler o livro.

Sabe, isso é uma das coisas estranhas que acontece com os leitores. Bicho estranho somos nós. Queremos o livro a todo custo, compramos e o deixamos ali até o momento oportuno – que só Deus sabe que momento é esse. É inexplicável. 

Outra coisa estranha que acontece com leitores é quando ficamos tão atarefados que não conseguimos nos concentrar para ler. Recentemente tenho passado por isso e é um saco. Toda leitura cansa. Andamos com o livro pra cima e para baixo, o que também é uma mania sem explicação de todo leitor, mas não lemos na maioria dos lugares e, quando vamos ler, não conseguimos.

Se isso acontece com todos nós, leitores, então tudo bem. Mas se o que disse nessa pequena crônica só se passa comigo, por favor, me tragam um rivotril e um copo de água, pois acredito que eu esteja ficando louco. 

Bem, espero que continuem com suas leituras e que as listas sejam feitas, seja de livros lidos ou que ainda estão para ler – e espero que realmente leiam. Um natal cheio de livros pra vocês.

Boa leitura e um grande abraço, até a próxima.

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Digude - O mangá brasileiro que vai te conquistar

Foto: Literagindo


Por: Jean Ribeiro

Bem Literagentes, saindo um pouco do padrão, decidi escrever uma resenha sobre um quadrinho/mangá brasileiro que está cada vez mais famoso e crescendo em questão de fãs. Tive a honra de conhecer tal história logo no mês de seu lançamento e a acompanho até hoje, sempre ansioso pelos novos capítulos. Enfim, hoje deixarei minha opinião sobre Digude, de Vinicius de Souza.

A curiosidade me levou a ler Digude, pois um amigo ganhou um exemplar do primeiro capítulo e me incentivou a ler. Claro, a proposta de usar o jogo de bolas de gude, do qual minha infância foi parcialmente preenchida com muitas partidas deste jogo, foi primordial para meu interesse em ler Digude. Depois que o li, não pude conter a minha expressão de perplexidade, pois além do traço espetacular, Vinicius nos traz uma história bem encaixada, que lhe empolga, que lhe deixa preso e que nos mostra personagens bastante carismáticos.

Foto: Reprodução / Digude 02
Digude é ambientado em um mundo onde o jogo de Bolas de Gude é o esporte mais praticado em todo o mundo. Em todo o lugar é possível observar pessoas de todas as idades tendo uma partida de Gude. Daigo, conhecido como Di, é um jovem que odeia gude. Sua mãe o deixou com o pai para seguir a carreira profissional de Gude, tornando-se assim a campeã mundial do esporte. Encrenqueiro de primeira linha, Di consegue infernizar a vida dos companheiros de escola. Porém, em uma conversa com seu pai, Di se vê em um grande dilema, pois para ele poder finalmente encontrar a mãe, ele vai ter que jogar o esporte que tanto odeia. Somente sendo o campeão, ele poderá encontrar com sua mãe. Para encorajá-lo, seu pai o entrega um fragmento de meteoro no formato de uma bola de Gude, que o ajudará a vencer. Muitos mistérios envolvem este fragmento, pois lendas antigas contam que cinco animais lendários adormeceram em esferas e se espalharam pela terra. Será que Di pode ter conseguido uma dessas esferas?



Di, Hana e Seta
Foto: Reprodução / Adesivos Digude
Cada capítulo de Digude consegue deixar o leitor ainda mais curioso, fazendo que seu desejo por novos capítulos torne-se cada vez mais voraz. A história segue uma linha coerente e sempre nos apresenta um personagem bem trabalho, porém que nos deixa na vontade de saber mais sobre cada um deles. Como exemplos, posso falar de Seta e Hana. Seta é misterioso e a primeiro momento ajuda Di em uma partida de Gude. Ele demonstra ter grande habilidade e possivelmente será um dos adversários mais difíceis que o protagonista irá enfrentar. Hana é muito bonita, porém bastante desastrada. Um passado obscuro cerca a garota e por ser bastante introvertida acaba por sofrer bastante nas mão das outras garotas, ainda assim, possui técnicas incríveis de Gude e também parece se encaminhar para uma grande adversária de Di, apesar do mesmo ser "caidinho" por ela. Até o momento o campeonato provincial é a meta e o treinamento de Di está a todo vapor.

Um dos grandes pontos altos de Digude é o ótimo trabalho feito nas personalidades de cada personagem. Vinicius consegue torna cada personagem marcante, único e com personalidades firmes e distintas. Personagens como Kato, Devan e Emi nos mostram isso firmemente. Enfim, Digude sempre surpreende.

A única parte negativa é a demora para o lançamento dos capítulos, não estou culpando o autor, longe disso, Vinicius, como nós, tem trabalho e incontáveis compromissos, o que dificulta bastante o desenvolvimento da história. Mas o autor não mede esforços para continuar com este trabalho a parte. Infelizmente, vivemos em um país onde coisas sem importância são valorizadas ao extremo, onde outras acabam esquecidas. Nosso país tem um estoque enorme de autores/desenhistas de quadrinhos/mangás, enorme mesmo. Mas não há interesse editorial, nem investimento, ou melhor, nem sequer um projeto governamental que ajude. Enfim, os quadrinistas se viram como pode e Vinicius de Souza não é uma exceção. Atualmente Digude tem 7 volumes lançados e 8 capítulos no total.

Foto: Reprodução / Digude 02
Digude é um quadrinho/mangá para todas as idades, posso dizer que até agora, pelo menos ao meu redor, não tem aquele que tenha lido Digude e não tenha gostado. É realmente muito bom. Fica esta dica para leitura, pois além de ser bom, estarão ajudando este mercado ainda desvalorizado a crescer.

Abaixo deixarei o link da página do Digude no Facebook e a página do Lámen, um projeto recente onde vários quadrinhos/mangás brasileiros ficam disponíveis para leitura On Line. Digude está lá, então não deixe de conferir.


Página oficial Digude:
https://www.facebook.com/MangaDigude/?fref=ts

Página oficial Lamen:
https://www.facebook.com/leialamen/?fref=ts

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Temporada de Segredos - A bela fábula das estações.

Foto: Literagindo


Por: Jean Ribeiro

Começo este texto expressando o quanto meu amor por Sally Nicholls aumentou após a leitura do livro Temporada de Segredos. Este amor começou quando tive a alegria de ler Como Viver Eternamente, um livro excepcional, mas como esta resenha não é relacionada a ele, deixarei no final do texto o link para o vídeo onde falo um pouco sobre ele. Agora é a vez desta fábula sensacional, uma história que mexe com sua imaginação e que o mantém preso até o final. Vamos falar de Temporada de Segredos.

Esta história nos mostra a vida de Molly e sua irmã mais velha Hannah. As crianças perderam a mãe cedo, e sem ter como cuidar delas, o pai acaba por mandar as duas para morarem com seus avós em uma cidade do interior. Molly, a nossa narradora, demonstra uma esperteza sem tamanho. Apesar de ser mais nova que Hannah, ela é mais centrada, correta, meiga e inocente, enquanto sua irmã é muito rebelde e descontrolada. Sob a perspectiva de Molly, podemos viajar por esta história nos sentindo uma criança, pois conseguimos entender seus questionamentos, como por exemplo o fato dela não entender por que não pode ficar na casa do pai. Elas frequentam uma pequena escola que possui apenas uma turma com alunos de diferentes idades. Uma noite, Hannah decidi fugir e leva Molly junto. A chuva castigava a região e Molly acaba se separando de Hannah, assim, na tempestade, ela vê um homem sendo caçado por cães e um homem de chifres a cavalo. Intrigada com o que viu, Molly tenta dizer as pessoas, mas como ela mentia muito quando era mais nova, ninguém acabou por acreditar na sua história. Somente a sua professora Shelley parece ser imparcial sobre a história de Molly e ainda conta uma lenda sobre o Rei Carvalho e a mudança das estações. Deste modo, Molly parte em busca da verdade enquanto vive o conflito familiar de morar na casa dos avós e ter um pai ausente. 

Temporada de Segredos é um livro que vai crescendo a cada capítulo. Temos toda a ambientação real onde é incluída uma fábula em tal ambiente. Além de vaguearmos por assuntos que afetam a todos e que na maioria das vezes nos identificamos, como perder um ente querido, como superar e como conviver com a reação das outras pessoas sobre a mesma perda. E também nos mostrar o quanto a força do amor pode nos transformar e fortalecer nossos laços ainda mais. Acompanhar uma história sobre um olhar infantil, nos abre um leque de possibilidades e conclusões; nos permite pensar de forma mais simples e objetiva. Sally me encanta com seu modo de escrita.

"Você pode até se acostumar com o vazio na sua vida onde antes havia alguém. Um vazio onde você pensava que aquela pessoa iria viver ali para sempre, mas um dia essa pessoa sai, sem olhar para trás, ou dizer adeus, e some para sempre."

Enfim, apesar de ser uma história voltada para o público infantil, a mesma pode - na verdade deve - ser lida por pessoas de todas as idades. Uma história realmente encantadora que ainda nos deixa refletindo sobre pontos importantes no final. 
O que realmente é o bem e o mal? Perspectiva? Ponto de Vista? O que realmente é mais importante em nossas vidas?

Temporada de Segredos é a fábula dos tempos atuais. Uma leitura simples, leve, bela. Para quem ainda não leu, recomendo que compre o livro, escolha uma tarde e leia, pois não haverá arrependimento. Uma história que afasta estresse e problemas. Realmente cativante.

"Ele parece ter desaparecido por enquanto. E o verão vai passando e ele vai ficando cada vez mais distante, como alguém que eu inventei ou uma brincadeira que parei de brincar."

Para que quiser conhecer Como Viver Eternamente, a primeira e premiada obra da autora, eis o link do vídeo no nosso canal do Youtube. 

https://www.youtube.com/watch?v=zptN6MIEHVg 

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

O Médico e o Monstro - Um Filosófico Clássico do Terror

Foto: Literagindo


Por: Jean Ribeiro

No mês do terror, nada melhor do que falar um pouco da literatura clássica, da época onde as ideias do terror que conhecemos hoje ainda se formavam em contos de diversos escritores. Entre eles está O Médico e o Monstro, de Robert Louis Stevenson. Uma história que conta a trajetória de um homem divido entre o bem e o mal, o certo e o errado, entre ser Dr. Jekyll ou Mr. Hyde.

O Médico e o Monstro começa com o preocupado Mr. Utterson, um advogado que recebeu do amigo Dr. Jekyll o pedido de elaborar um testamento, onde o mesmo daria direito de todos os bens do médico Jekyll a um desconhecido de nome Mr. Hyde. Intrigado, Mr. Utterson começa a investigar Mr. Hyde, principalmente depois de ouvir o depoimento de um amigo que Hyde transparecia o próprio mal. Assim, as verdades sobre Mr. Hyde e até do próprio Dr. Jekyll começam a surgir, levando a história para um dos desfechos mais clássicos da literatura. 

Nesta sequência investigativa, a história de Stevenson nos prende a cada página. A escrita séria e refinada da época, o ambiente que se monta cada vez mais empolgante devido a narrativa clássica e o fator de descrição intensa, acabam nos transportando para Londres e nos deixa apreensivos para descobrir como este conto termina. Isso torna o Médico e o Monstro uma das grandes obras escritas até hoje.

Tenho que comentar também, que esta história é considerada o protótipo do romance de Lobisomem, já que não temos um romance clássico que descreva um lobisomem em si, ao contrário do que acontece com os vampiros que tem Drácula de Bram Stoker. Então, por muitos, O Médico e o Monstro é base para a figura Lobisomem que temos hoje. (Excluindo é claro, Os vampiros que brilham e Lobisomens sem pelo que aparecem em algumas histórias. Estes se encaixam em algum outro gênero que não seja o terror.)

Enfim, O Médico e o Monstro trás muitas reflexões filosóficas. Como por exemplo, se realmente temos controle sobre nós mesmo, o quanto os nossos desejos reprimidos podem afetar drasticamente as nossas vidas e se vale a pena abandonar aquilo que acreditamos ser o melhor por desejos ocultos. Robert Louis Stevenson nos deixou uma obra prima.

Esta edição da Editora Nova Fronteira é linda, tanto a capa quanto a diagramação. Um ponto a mais para nos empolgar na leitura desta história incrível. Não deixe de ler.

"Esta, então, é a última vez, a menos que um milagre aconteça, que Henry Jekyll é capaz de pensar seus próprios pensamentos e ver seu próprio rosto no espelho."

terça-feira, 13 de outubro de 2015

[CRÔNICA] Pesadelos Literários

Foto: @Jhon_Passos - LiterAgindo
Por Leandro Silva

Então pessoal, dessa vez minha crônica vai falar, como já adianta o título, sobre os pesadelos que geralmente temos quando estamos lendo alguma obra meio, como que posso dizer... Tenebrosa. E não tinha um mês melhor para o lançamento desse texto do que outubro, considerado o 'mês do horror'. 

A primeira vez que eu tive pesadelo literário foi quando comecei a ler a série Bruxos e Bruxas, do James Patterson. O livro, como falo na crítica que fiz dele aqui, não é terror, mas é uma história alucinante. Os garotos sofrem muito quando a Nova Ordem passa a dominar quase todo o mundo. O livro é pura ficção e é eletrizante, te prende e você vive a angústia dos personagens a cada página. E foi devido a isso que eu comecei a me ver demais na história e tinha pesadelos quase que diários. 

(Ainda a respeito do livro Bruxos e Bruxas, aconselho vocês ouvirem a música Marcha Macia, do Siba.) 

Não sou muito de ler livros de terror, mas sei que quando leio passo a ter pesadelos. A gente se envolve demais na história, não tem como não se envolver. Passamos a fazer parte dela, a viver conforme o autor escreve para os seus personagens. Esses pesadelos são, ao mesmo tempo, aterrorizantes e incríveis. Aterrorizantes porque ninguém gosta de ficar se assustando o tempo todo, acordar de um pesadelo é horrível. Você acorda suado, agitado, demora a voltar a dormir. Mas ao mesmo tempo é incrível porque você vai mais além, passa a viver a história em sua plenitude. 

Se você ainda não desfrutou disso, ou é muito forte a ponto de não ter pesadelo, ou não conseguiu ler algo tão aterrorizante, eletrizante, que te faça viajar de fato para dentro de suas páginas, na forma mais profunda que tem, que é usando nosso subconsciente. Se você já teve desses pesadelos, sabe do que estou falando. E o melhor é que, quanto mais pesadelos temos com determinadas obras, mais queremos ler. Alguém me explica? 

Apesar de ser UM POUCO ruim, eu desejo desde já que você tenha um pesadelo literário. Claro que desejo. É uma sensação incrível, você num mundo totalmente perigoso, mas conhecido. A adrenalina toma conta de você e você vai acordar assustado, mas querendo pegar o livro na mesma hora pra terminar a leitura. E se for livros que tenham continuação, como o caso de Bruxos e Bruxas, você dei muita sorte. 

Bem, é isso e até a próxima - e que tenham muitos pesadelos.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

A doce história dos Wills Grayson

Foto: LiterAgindo
Recentemente eu terminei de ler o livro "Will & Will - um nome, um destino", que foi escrito em parceria entre o David Levithan e o John Green. Quanto ao John Green, todos já devem conhecer, até porque aqui no blog tem várias críticas a respeito de suas obras, até uma crítica em vídeo. Já o David é um pouco desconhecido da maioria.

David Levithan é um autor americano que já tem vários livros publicados e segue mais ou menos a mesma linha do Green, livros para adolescentes e jovens. Contudo, ele puxa muito para a questão homoafetiva. "Garoto encontra garoto", "Dois garotos se beijando" e "Todo dia" são alguns títulos do autor.

Bem, quanto ao livro "Will & Will" é um romance bem adolescente e muito bem escrito. Não, os dois Wills não serão namorados ou irão se "pegar", na verdade apenas um Will Grayson é gay. Eles se encontram por acaso e veem que têm muitas coisas em comum e logo têm suas vidas entrelaçadas. Percebem que passam por situações que se assemelham e suas vidas passam a mudar no momento que se 'topam'.

A leitura é muito fácil e flui rapidamente, num instante você lê as 348 folhas. Ponto aí para a Galera Record, selo do Grupo Editorial Record que foi quem lançou esta edição da foto acima. A capa ficou linda e chama muito a atenção. Não preciso dizer que aconselho a leitura, preciso?

Eu ri muito com a história. Ambos os Wills são engraçados, sendo que um é um pouco depressivo, já que tem problemas familiares que o levaram a sofrer com esse mal. Os personagens secundários também são bem engraçados: Tiny e Jane são personagens que nos divertem e nos ensinam um bocado.

Abaixo transcrevo uma parte que li e achei interessantíssima, além de saber muito bem do que o personagem está falando:

"Há uma conexão entre nós, entre mim e ele.
A verdade, porém?
Todo mundo tem uma.
Essa é nossa maldição e nossa bênção".

É isso pessoal, uma ótima leitura e um abraço, até a próxima.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Para Todos Os Garotos Que Já Amei: Surpreendente, Cativante e Muito Divertido

Foto: Literagindo


Por: Jean Ribeiro


Tinha acabado de terminar uma leitura e estava refletindo qual seria meu próximo livro. Após olhar a minha pilha de espera, decidi que precisava ler algo diferente, algo totalmente fora do meu tipo e gênero de leitura, algo no qual eu ainda não tivesse me aventurado. Então, por coincidência, encontrei um anúncio em um site, o livro de título Para Todos Os Garotos Que Já Amei. Assim, sem muita delonga, decidi adquirir o livro e me aventurar no mundo voltado para o público feminino. Juro, não me arrependi.

Para Todos Os Garotos Que Já Amei foi escrito por Jenny Han e conta a história de Lara Jean Song(Ela ter o meu nome foi outra coincidência agradável).  Lara Jean tem duas irmãs, a mais velha Margot  e a mais nova Kitty. Elas tem apenas o pai, pois a mãe é falecida. O relacionamento da família é muito intenso e a forma que a autora consegue transmitir isto, faz com que você se sinta parte da família também. O começo da história é bem apreensivo para a família, pois Margot está indo para a faculdade na Escócia, o que deixa a família muito abalada pela separação. Margot era metódica e organizava tudo na casa e agora esta responsabilidade caíra sobre Lara Jean.

"Ela dá um passo na minha direção e eu dou um passo na direção dela e nos abraçamos, chorando, e o alívio que eu sinto é imensurável. Somos irmãs, e não há nada que ela ou eu possamos dizer ou fazer que vá mudar isso."

Após a viagem de Margot, Lara Jean sente a pressão das responsabilidades familiares, além disso, algo faz com que sua vida fique em uma completa confusão, pois Lara mesmo tendo 16 anos nunca tinha tido um relacionamento sério. Sempre que gostava muito de um garoto, ela escrevia uma carta, mas não uma carta de amor, mas sim de despedida. Após escrever a carta, ela colocava em uma caixa de chapéu azul e o sentimento também se desfazia. Porém, um dia a caixa sumiu e, alguns dias depois, Lara Jean descobre que os garotos para quem escreveu as cartas, acabaram por recebê-las.

E como se livrar dessa situação? Como reagir quando alguém te pergunta sobre algo escrito a anos atrás? Como será aguentar as responsabilidades sem Margot? O que fazer quando não se sabe realmente o que sente por alguém? 

Infelizmente não posso me aprofundar mais, porque posso acabar revelando algumas coisa que podem tira algumas surpresas que o livro traz. 

"Se o amor é como uma possessão, talvez minhas cartas sejam meu exorcismo."

A narração em primeira pessoa faz com que a história transcorra de forma dinâmica e que nos permite estar realmente na cabeça de uma adolescente. Posso até estar errado, mas vi muito da autora em Lara Jean. Outro ponto alto da história, talvez até o principal, são as personagens. Tanto a família Song, como todos os outros são bem trabalhados, onde até aqueles que você não se afeiçoa muito, ganham destaque devido ao poder da autora em retratar seus personagens. A minha personagem preferia é a Kitty, pois apesar de pequena, ela possui uma astúcia tremenda e a descrição de seu modo de ser e agir com certeza a torna uma personagem realmente incrível.

Enfim, todo o dilema de Lara Jean é descrito é um livro de leitura fácil, porém intensa, onde a história se desenvolve de tal forma que você nem percebe quando o livro está chegando ao fim.
O que para mim começou como uma aventura para um outro universo da leitura, terminou com uma surpresa realmente agradável onde agora estou bastante ansioso pela continuação que infelizmente ainda não tem previsão de lançamento em nosso país.

Recomendo a leitura deste livro e aproveito para parabenizar a Editora Intríseca pelo ótimo trabalho realizado neste ótimo livro. Não deixem de ler, asseguro que vai valer a pena. 

"O Amor é assustador: ele muda, ele pode ir embora. Esse é o risco. Eu não quero mais ficar com medo."

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

[CRÔNICA] Leia sempre, nem que seja revista pornô

Foto: Internet

Por Leandro Silva

Algo que é muito comum na vida de todos os estudantes é o professor de português chegar na sala de aula e perguntar o que estamos lendo, principalmente quando estamos no ensino médio e temos que ler várias literaturas para provas, vestibulares etc. Bem, foi no primeiro ano do ensino médio que aconteceu algo bem inusitado quando o professor nos fez essa pergunta.

Quando o professor questionou um de nossos colegas, outro gritou anonimamente: “Esse aí só lê revista pornô, professor”. O rapaz ficou totalmente desconcertado. Contudo, o que mais me chamou a atenção foi a resposta do professor: “Não importa o que ele lê, o importante é praticarmos o hábito da leitura e nunca deixarmos de ler”.

Trago este fato pelo seguinte: as pessoas adoram, tomando como base seu gosto literário, apontar o dedo para a leitura dos demais e dizer: “só lê o que não presta”. Bem, não deveria ser assim. Gosto cada um tem o seu e cabe ao outro respeitar. Falar coisas desse tipo, além de mostrar tamanha imbecilidade, só irá afastar algumas das pessoas dos livros.

Recentemente eu li uma pesquisa, que até divulgamos na página do Literagindo no facebook, que o número de leitores vem caindo. Confesso que fiquei surpreso, pois vejo ao meu redor um número cada vez maior de pessoas com o livro na mão, pessoas que antes nem davam a mínima para isso. E levando em consideração esta pesquisa, pergunto: será que não é melhor as pessoas lerem qualquer tipo de livro do que não ler nada?

Não importa se você adora livro policial e detesta biografia. Ou adora livros com histórias épicas e detesta romance. Não importa se você ache que livros dos chamados ‘youtubers’ são uma droga, porque não são. São apenas livros que não são de sua preferência, mas deixe-os para quem os curte. Deixe de ser chato e achar que sua leitura é superior as outras.

Termino minha crônica de hoje dizendo uma coisa: leia. Leia o que você gosta e deixe quem quiser falar. Passe a ler outras literaturas quando achar que deve conhecer outros mundos, sair do mundo conhecido, quando quiser aprender algo novo, mas nunca por imposição de alguém. É assim que evoluímos na leitura. É assim que evoluímos na vida. O importante é ler, porque só quem lê consegue de fato evoluir. 

Bem, por hoje é isso. Abraço a todos e até a próxima.

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Um pouco sobre ‘O Teorema Katherine’

Foto: Literagindo
Se tem uma coisa que gosto de analisar quando termino de ler um livro é o quanto eu aprendi com ele. Todos os livros nos ensinam algo, ou deveriam ensinar. É algo intrínseco a eles e devemos aproveitar da melhor maneira possível. E quando terminei de ler 'O Teorema Katherine', do John Green, não foi diferente.

O livro é extremamente engraçado e inteligente. A parte inteligente é por conta do personagem principal, o Colin. Garoto prodígio, ele se vê aos prantos quando sua namorada, perto de completar o primeiro aniversário de namoro, termina com ele. A K-19 era sua décima nona namorada chamada Katherine.

Colin é socorrido por Hassan, seu amigo muçulmano que não quer graça com a faculdade. Engraçado desde a primeira aparição na história, Hassan nos diverte até a última página do livro e junto com Colin passa por situações de todo tipo e prova que uma amizade entre duas pessoas é algo mútuo, onde um completa o outro de alguma maneira.

O Teorema Katherine é algo que o Colin tenta criar para justificar o porquê sempre suas namoradas teminam com ele. Ele quer criar este teorema para saber quando o próximo namoro dele chegará ao fim. Ah, e o motivo do nome do teorema você já deve imaginar.

Bem, voltando a história do livro, ele tem início quando, desolado, Colin e Hassan saem por aí para distrair a mente e acabam parando num lugar chamado Gutshot, no Tennessee. Lá eles conhecem a incrível e meiga Lindsey, onde passam por grandes aventuras. Esse lugar será um divisor de águas na vida dos dois garotos.

Livro leve e inteligente, recomendo que leiam até o apêndice. É algo sensacional. Sem falar que você tem a sensação de que o Green está aí do lado te contando a história - ah, e leiam também as notas de rodapé.

Bom, é isso pessoal. Boa leitura!

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Crítica - Sandman Edição Definitiva Volume 2 [Vídeo]

Foto: LiterAgindo
Por Jonathas Passos

Olá LiterAgente.

Sejam bem-vindo a mais um vídeo do LiterAgindo.

Continuando a saga de vídeos sobre as Edições Definitivas de Sandman, a grande obra de Neil Gaiman, iremos falar sobre o segundo volume dessa incrível história.



É isso pessoal e até a próxima.

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

A 5ª Onda - Brilhante e Extraordinário

Foto: Literagindo

Por: Jean Ribeiro

Sabe aqueles livros que te prendem na história desde a primeira página e que não permite que você para de ler, mesmo que você queira?
Pois bem, A 5ª Onda de Rick Yancey é este tipo de livro.

Assim que comecei a lê-lo, tive uma surpresa enorme. Yancey nos trás um ambiente de absoluto suspense, uma narrativa inicial intensa e uma personagem super convincente em situação desesperadora e o melhor de tudo, uma protagonista jovem. Isto é o que torna o enredo livro simplesmente brilhante, pois temos um livro complexo e ao mesmo tempo jovem. Brilhante! Esta é a única palavra que posso usar para descrever a história de A 5ª Onda.

O livro narra a princípio em primeira pessoa a história de Cassie. Sozinha em um mundo desolado por um ataque alienígena. "ALIENÍGENA? ENTÃO É SIMPLESMENTE MAIS UM LIVRO DE INVASÃO?" Sempre me perguntam isto e respondo sim e não. Sim é um livro de invasão, mas diferente de tudo que já foi visto até agora. A forma que este ataque acontece é a melhor feita até agora, pois a mesma é feitas em ondas, ou seja, por etapas. A primeira onda destrói toda a tecnologia eletrônica, tudo mesmo. Já imaginou quantos aviões voam no mesmo espaço de tempo e de repente eles começam a despencar? Pois bem, esta foi a primeira onda. A segunda onda é quando acontece as obliterações das costas. O ser humano tende a ficar juntos em situações de perigo e a maior parte da população vive próximo ao litoral, então o que acontece se você cria tsunamis descomunais? Esta é a segunda onda. A terceira onda foi a peste. Um vírus mais mortal que o ebola e que é transmitida pelo ar através das fezes dos pássaros. Tem forma melhor de transmitir uma doença? Imagina quanto pássaros existem no mundo e o quanto eles defecam. Brilhante! Desta forma, mais de 6 bilhões de pessoas perecem diante da peste. A quarta onda é quando silenciadores aparecem para acabar com os humanos remanescentes, onde após esta onda a frase que se deve ter em mente é "Não confie em ninguém". Então, começa a quinta onda, mas como ela ocorre? Dentro disto tudo está Cassie, que tenta cumprir a promessa de reencontrar seu irmão mais novo. É assim desta forma, que o livro lhe traga pra este ambiente apocalíptico.

"Porque eu sou a Humanidade. E se essa for a última guerra da Humanidade, então eu sou o campo de batalha."

A trama deste livro é sensacional. Não vamos ver homenzinhos verdes de olhos grandes, pois como os Alienígenas realmente são, é um dos pontos fortes do livro além do fato que o livro possui personagens que você se afeiçoa de forma fácil, na verdade, você acaba torcendo por eles e imaginando o que faria se estivesse em tal situação. Um livro de tirar o fôlego.

 Rick Yancey criou uma distopia diferenciada, atualizada, impactante, fantástica e muito mais. Este é o primeiro de uma trilogia que com certeza ainda vai dar muito, mas muito o que falar. Toda essa empolgação é o que A 5ª Onda é capaz de causar após a leitura.

Deixo meus parabéns a Editora Fundamento pela forma carinhosa de diagramar seus livros e nos entregar sempre algo que nos empolga além da história. Tenho que dizer, a capa deste livro é sensacional.

Super recomendo este livro. Não deixem de ler e para quem já leu, não deixe de comentar sobre está obra maravilhosa, A 5ª Onda.

OBS: Para entender o motivo da luz verde na foto, vai ter que ler.

"A melhor parte do dia.
Aqueles poucos segundos quando você acorda, mas se sente vazio.Você se esquece de onde está. O que é agora, o que era antes. É tudo respiração, batimentos cardíacos e sangue fluindo. É como estar novamente no útero da mãe. A paz do vazio."

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

[CRÔNICA] Reler ou não reler, eis a questão.

Foto: Internet

Por Leandro Silva

Qualquer semelhança com a famosa frase do Sr. William Shakespeare é mera, apenas mera coincidência. (Hehehe) Assim, decidi fazer essa adaptação desta famosa frase shakespeariana porque ela é super adaptável a muitas situações, inclusive a que vou tratar aqui hoje: reler ou não um livro?

Pra falar a verdade eu não sou muito de reler, depois que leio um livro é como se eu quisesse uma continuação dele, não mais do mesmo. Poucos foram os livros que reli. Lembro de alguns como Harry Potter e... Bem, só lembro desse com mais precisão, você vai ter que acreditar em mim quando digo que li outros.

Contudo, mesmo não sendo muito fã disso, eu comecei a reler 'O Pequeno Príncipe', do grande Antoine de Saint-Exupéry. Esse livro, além de nos ensinar muito, é leitura obrigatória pra crianças e adultos. Bem, resolvi ler porque o filme estreia neste mês (se você está lendo esse texto depois do dia 20/08, corre pro cinema). Queria relembrar as aventuras do nosso pequeno garoto dos cabelos cor de ouro.

Mas pra dizer a verdade, não foi a mesma coisa. Quando o li a primeira vez eu fui tomado por uma emoção incrível. Estava na Livraria Cultura, um ambiente super propício para leitura de qualquer coisa. Estava eu e uma amiga e jutos passamos uma tarde lá e lembro de que, de tão entretido com o príncipe, nem vi que já era noite. Fui tomado por uma emoção danada a cada página. Era como se eu estivesse ali no Saara, ou no asteróide B 612. 

Mas dessa vez não. Não foi a mesma coisa. Era outra época, outra situação, outro contexto. Li e confirmei o quão boa é a história e realmente o quanto ela nos ensina, mas não senti a mesma coisa de antes. E, como a sensação da primeira leitura é sempre algo incrível, é dessa primeira leitura que quero lembrar sempre que ver qualquer coisa relacionada ao Pequeno Príncipe e a qualquer outro livro que eu leia. 

Não sei vocês, mais se eu tivesse que responder a pergunta, diria que é melhor não reler. Parte pra outro, guarda apenas a história e o como foi incrível a leitura do livro. Se o livro tiver continuação, que é o caso d'O Pequeno Príncipe, ótimo. Senão, pega um do mesmo autor ou parte pra outro. Te garanto, é melhor. 

É isso pessoal, até a próxima.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Crítica - Sandman Edição Definitiva Volume 1 [Vídeo]

Foto: LiterAgindo

Olá LiterAgentes.

Há algum tempo atrás eu escrevi uma crítica sobre a Edição Definitiva de Sandman - Volume 1.

Porém eu percebi que vocês mereciam muito mais, pois Sandman é uma obra visual tão linda e arrebatadora que merecia um vídeo só dela. Por isso, decidi gravar não apenas um, mas quatro vídeos falando sobre essa magnífica obra.

Não espere encontrar em Sandman embates de poderes como os quadrinhos de heróis comuns, aqui você encontrará um embate de palavras que irá fazer você refletir muito, muito e muito.

Esse é o primeiro vídeo em que apresento os personagens e o arco das revistas The Sandman 1 a 20.

Leia. Pense. Mude. Seja um LiterAgente.




terça-feira, 11 de agosto de 2015

Crítica - Cartas de Um Diabo a Seu Aprendiz - C. S. Lewis

Foto: LiterAgindo
Por Jonathas Passos.

Olá LiterAgentes.

Quando falamos da obra de C. S. Lewis a maioria de nós tende a pensar, em primeiro lugar, na sua famosa criação: As Crônicas de Nárnia. Mas de suas mãos surgiram livros e histórias muito marcantes dentre as quais vamos nos focar na reflexiva obra: Cartas de um Diabo a Seu Aprendiz.

A vida de Lewis no âmbito espiritual foi um pouco conturbada. Criado desde o nascimento dentro da fé cristã, quando atingiu a adolescência tornou-se um ateu convicto o que, de certo modo, ajudou a tornar-se um grande acadêmico ao ponto de ter elaborado teses que são estudadas até hoje. Mas existiu um fator que lhe influenciou para o retorno ao cristianismo e esse fator chamava-se J. R. R. Tolkien, aquele mesmo, o criado do Senhor dos Anéis. Tolkien foi um forte influenciador para que Lewis voltasse para a fé cristã. Para saber um pouco mais sobre a historia de vida de C. S. Lewis eu indico o filme Shadowlands, que tem uma interpretação magnifica de Anthony Hopkins como o nosso querido escritor.

Mas enfim, vamos ao livro. Cartas de um Diabo a Seu Aprendiz foi escrito em 1942 em plena segunda guerra mundial e foi dedicado especialmente ao J. R. R. Tolkien. O mundo passava por um sério declínio moral e espiritual, então Lewis teve a genial ideia de escrever um livro em que, de modo sarcástico e ácido, ele narra um troca de cartas entre dois demônios, onde um tio ensina ao seu sobrinho como afastar as pessoas de sua fé e de um possível conforto espiritual.

Fitafuso é um demônio experiente que tenta mostrar ao seu sobrinho Vermebile os meandros do trabalho de um Demônio Tentador e de como usar as circunstâncias ao redor com o fim de tirar as pessoas da mão de seu inimigo(Deus).

É engraçado como Lewis utiliza de situações corriqueiras que acontecem nas comunidades cristãs que podem fazer com que as pessoas sintam-se excluídas e mal recebidas no meio do povo de Deus. Bem como ele utiliza de situações agravantes em períodos de guerra que podem fazer o homem culpar Deus por todos os problemas do mundo. Os ensinamentos de Fitafuso vão desde o relacionamento da família do cliente, até o seu ambiente de trabalho, passando pelos momentos de divertimento.

Ao ler esse livro nós acabamos nos identificando com certas situações que as vezes nos passam despercebidas, mas que acontecem cotidianamente e que vistas sobre uma outra ótica diferente podem ser utilizadas como lições de vida.

A única crítica negativa que tenho dessa edição são as páginas brancas que em alguns casos dificultam a leitura, principalmente quando estamos na luz natural. Fora isso a editora WMF Martins Fontes está de parabéns. 

Mesmo que você não professe a fé cristã este é um livro que deve ser lido pra vida. Além de ser muito reflexivo é um livro totalmente divertido de ler, pois em cada capítulo ele nos traz uma situação nova em que vemos Fitafuso se irritar com a incompetência se seu sobrinho ou parabenizá-lo por suas conquistas.

Termino essa crítica fazendo um citação do livro:

"A fina flor da profanação só pode crescer se for plantada perto do Sagrado. Em nenhum lugar a nossa tentação é tão bem sucedida quanto nos próprios pés do Altar."
É isso pessoal e até a próxima.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

[CRÔNICA] Livros, chuvas e frio

Foto: LiterAgindo

Por Leandro Silva

Sabe, acredito que quem gosta de ler arruma qualquer "desculpa" para isso. Tudo e todo momento é perfeito pra pegar o livro e começar a leitura. Mas alguém já viu algum período melhor do que o chuvoso para isso? Pra mim não há. Quando o céu começa a nublar, o tempo começa a esfriar e a chuva cai, pego logo meu livro e vou pro lugar mais quente e aconchegante que tem na minha casa: meu quarto.

E tem livros que pedem que o tempo esteja assim para que você o leia. Por exemplo, o livro de contos 'Deixe a neve cair', escrito em parceria por John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle , se passa num rigoroso inverno americano e quando você lê num tempo que lembre o mínimo que seja o inverno de lá, nossa! Você consegue viajar ainda mais rápido pro universo fictício do livro.

Pra falar a verdade, o tempo chuvoso é ótimo não só para ler, mas para escrever também. Inclusive este texto que vocês estão lendo teve sua produção iniciada enquanto eu estava estiando a chuva dias atrás e insistir em sair de casa sem guarda-chuva - não sei vocês, mas eu não gosto muito de sair com este acessório.

Tempo chuvoso e leitura pra mim é igual aquela música 'Fico assim sem você', é difícil não associar um ao outro. 

Bem, estamos no inverno e temos indicações de livros a vontade aqui no blog que são perfeitos para você unir o útil ao agradável. Então, pega teu livro e corre pro teu lugar preferido pra leitura nesses dias frios. O meu não sai do meu lado, e enquanto o tempo estiver desse jeito, sei que vou ler mais que o normal.

Boa leitura a todos e até a próxima.

sábado, 18 de julho de 2015

Como eu era antes de você: um livro sobre o amor, o autêntico amor

Foto: LiterAgindo
Por Leandro Silva

A primeira vez que me encontrei com ‘Como eu era antes de você’, da Jojo Moyes, foi numa troca de presentes no ano passado, quando uma amiga ganhou de presente. Perguntei a respeito dele, aquela curiosidade de todo leitor quando não conhece um livro, e ela me disse que era ‘maravilhoso’. Bem, de lá pra cá me deparei mais duas vezes com ele, até que no mês passado eu o ganhei de presente e, enfim, fui lê-lo.

Se eu pudesse o descrever em uma única palavra diria que é emocionante. Não há como ler e não se envolver com a história de William Traynor e Louisa Clark, ou, simplesmente, Will e Lou. ‘Como eu era antes de você’ conta a história de um garoto que fica tetraplégico no auge de sua vida pessoal e profissional e que, devido a isso, não vê motivo algum para continuar vivendo. Até que encontra Lou, uma garota cheia de vida que acaba de perder o emprego e vai acabar como cuidadora de Will.

Como cuidadora de Will, Lou passa a conhecê-lo como ninguém. Seu jeito doce e animada passa a cativá-lo e todos começam a perceber que ele está mais vivo que nunca. Ambos passam a se divertir juntos, mesmo com todas as limitações de Will. Mas o livro, apesar de explicitar bem tais dificuldades, é um livro que mostra como superá-las. Começa a fluir aí um sentimento que vai mudar ambos para sempre.

Não imaginei que iria chorar com o livro, e realmente não chorei. Mas em diversos momentos do livro fiquei com os olhos marejados, com um enorme aperto no coração. Queria que o final fosse diferente, mas não imaginara o final surpreendente que a Moyes preparara. Não foi um final que ninguém esperava, não, não. Até que muitos já o aguardavam, mas foi um final que ensinou muito e deu total sentido ao livro.

O jeito simples que a Jojo Mayes escreve é incrível, nos leva para dentro da obra e nos deixa, como posso dizer... Íntimos de cada personagem que conhecemos. Ela constrói cada um deles de forma a que possamos vê-los em nosso dia a dia. A leitura flui de forma simples e é um ótimo livro, principalmente, se você agora, na sua ordem de leitura, procura algo mais leve. Sem falar que ‘Como eu era antes de você’ é uma história de amor, autêntico amor. 

A adaptação cinematográfica do livro deve ser lançada na metade do ano que vem, mas vale muito a pena você ler antes. A história é encantadora e vai prender você. Como todo livro da Intrínseca, veio com uma bela capa e uma diagramação incrível – sem falar das páginas amarelas. Super recomendo, pois é uma leitura incrível.

É isso, pessoal. Boa leitura e até a próxima.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Crítica - O Clone de Cristo

Foto: LiterAgindo
Por: Jonathas Passos

Olá LiterAgentes.

Quando a Editora Saída de Emergência revelou que iria publicar o romance O Clone de Cristo de J.R. Lankford fiquei super empolgado. Tinha lido a sinopse do livro e achei a sua premissa interessantíssima, sem contar o fato de que sou fissurado em histórias que abordam o tema de teorias da conspiração, principalmente aquelas que envolvem religiões. Por isso, assim que tive a oportunidade de adquirir a minha cópia, assim o fiz.

Sabe quando estamos bastante ansiosos por alguma coisa e assim que conseguimos tê-la, não paramos de pensar nela até que a tenhamos consumido?! Foi o que aconteceu comigo. Fui ler O Clone de Cristo naquela ânsia de ter uma experiência única e incrível quando mergulhasse na história, mas confesso que não foi exatamente isso que aconteceu.

No enredo acompanhamos o ambicioso projeto do Drª Felix Rossi, que ao planejar e estudar por bastante tempo, acredita ser capaz de produzir o primeiro clone humano da história, mais que isso, ele acredita ser capaz de clonar o maior homem que passou pela terra: Jesus Cristo, o filho de Deus. Para tanto, ele usa de sua influência e consegue uns poucos fios do sudário de Turim, objeto que acredita-se ser a mortalha que envolveu o corpo de Cristo após a crucificação.

Depois que ele consegue realizar essa parte do plano, o próximo passo seria criar as condições necessária para que o clone pudesse surgir. Para isso ele teria que produzir embriões que fossem capazes de se desenvolver e o mais difícil: Encontrar uma mulher que fosse apta a se tornar a mãe de Deus. Sem contar que ele teria que manter todo esse processo em segredo.

Temos aqui todos os ingredientes para uma história que poderia se tornar uma grande obra, porém a autora peca no desenvolvimento dos personagens. O próprio Felix não é um personagem que nos cativa, mesmo com o seu conflito interno de realizar ou não a sua sonhada obra, sua relação com a irmã mais nova e com sua noiva, um segredo de família que abala a sua estrutura (que ao meu ver foi muito raso), não nos permite manter uma relação de carinho com o personagem. Maggie, a empregada de Felix que é escolhida/se escolhe para ser a mãe de Cristo é construída, desde o começo do livro, com o intuito de termos pena de sua história, forçar e ao mesmo tempo tentar embasar a sua escolha para ser a portadora do filho de Deus.

Os dois personagens que mais me chamaram a atenção foram Sam e Brown. O primeiro é o porteiro do prédio em que os Rossi moram e que depois descobrimos ter uma vida dupla, pois além de trabalhar na portaria do edifício ainda realiza algumas atividades para o dono do prédio, o Srº Brown. Brown é a figura mais marcante da história, um personagem totalmente misterioso e capaz de dar aquele folego no livro quando a narrativa está quase se afogando. Tem uma influência grande e, no livro, TOTALMENTE INEXPLICÁVEL tanto no governo do seu país quanto no do exterior.

Mesmo nos dando uma premissa tão envolvente, achei que a história demorou um pouco para engatar.

Até os 75% do livro não sentimos um perigo real e imediato contra o ambicioso projeto do Drº Felix, temos uma pequena construção de relações interpessoais entre os envolvidos na trama, chegando ao ponto de criar um romance improvável entre Maggie e Sam, que por si só não é forte o suficiente para prender o leitor.

Talvez o intuito maior da autora tenha sido construir uma ode contra qualquer tipo de discriminação, pois ela aborda temas raciais, religiosos e científicos que podem despertar algumas discussões mas que em uma história que deveria ser um Thriller toma uma parte tremenda da trama que poderia ser mas bem desenvolvida ou melhor preenchida com o aprofundamento dos personagens.

Concluindo, O Clone de Cristo é aquele livro que deve-se ler pra passar o tempo, não é nenhuma obra que poderia entrar no Hall de indispensáveis.

É isso pessoal, até a próxima.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

O Alquimista - Até onde ir por sonho, até onde ir por um tesouro...

Foto: LiterAgindo

Por: Jean Ribeiro


Mantendo as primícias de todos os seus livros, Paulo Coelho traz todas as mensagens e significados escondidos nas entrelinhas de O Alquimista. Dispondo de diversos momentos de reflexão e alto ajuda, este livro dividiu e ainda divide as críticas sobre seu enredo. Assim, meus relatos vão apenas ajudar as pessoas que ainda não leram a decidirem se vão lê-lo ou não, e comparar minha opinião com quem já leu.

Eu li O Alquimista em plena adolescência, onde as ideias estão em busca de mais informações para a construção de algo sólido e neste período a história torna-se simplesmente mágica. Já na minha releitura há alguns anos atrás, pude me aprofundar além da magia e hoje posso dar uma opinião sólida sobre a obra.

O livro conta a história de Santiago, um jovem pastor que teve um sonho de forma repetida, onde uma criança o levava as pirâmides do Egito. Intrigado, ele procurou uma cigana para interpretar o seu sonho. De forma rápida, a cigana diz que Santiago tem que ir as pirâmides em busca de seu sonho, pois há um tesouro escondido para ele, dando assim início a jornada do jovem pastor que deixa tudo para trás em busca de seu sonho.

Santiago passa por diversas aventuras, na sua viagem em busca de seu sonho. Em meio a história, o aventureiro encontra o grande amor de sua vida e também um alquimista que pode revelar segredos e mistérios que podem levar Santiago a conclusão de sua jornada.

O Alquimista é um livro para ser compreendido e não somente lido. Normalmente, pessoas com o ego muito grande não gostam da história, pois as mensagens empregadas neste livro, nos levam a reflexões simples, porém de suma importância. Será que realmente estamos levando em consideração o que nos realmente queremos? Será que realmente estamos buscando as coisas que nos fazem felizes? Será que realmente precisamos buscar a felicidade do outro lado do mundo sem nos importamos com o que temos ao nosso lado? O quanto nós lutamos pelos nossos sonhos?

Todas essas perguntas e muitas outras são feitas por trás do disfarce da história e a mesma nos mostra que podemos sempre ter uma saída e os nossos tesouros podem estar mais perto do que imaginamos.

Como sempre, Paulo Coelho tenta nos levar as nossas questões pessoais através de suas histórias  e cabe a cada um saber se vai embarcar na magia ou não. Mesmo sem se apegar as entrelinhas do livro, O Alquimista trás uma história coerente que lhe prende bem, que possui aventuras, dramas, romance e muito mais.

Por ser um livro de leitura rápida, fica ainda mais fácil de se envolver, assimilar e refletir sobre a história. Assim O Alquimista é um daqueles livros que só se pode saber realmente se é bom ou não lendo-o. Eu particularmente gosto do livro e recomendo a leitura do mesmo, até porque Paulo Coelho não é o autor brasileiro mais lido no mundo atoa.

Para quem leu, deixem seus comentários, pois gostaria de saber a opinião de vocês sobre esta obra, O Alquimista.

terça-feira, 28 de abril de 2015

LiterAgindo - Crítica Uma Longa Jornada

Foto: LiterAgindo
 Por Jonathas Passos

Olá LiterAgentes.

Hoje nós iremos falar um pouco sobre o romance Uma Longa Jornada de Nicholas Sparks.

Acomode-se e assista mais um vídeo de críticas do LiterAgindo.



Trailer do Filme


É isso pessoal e até a próxima!

terça-feira, 21 de abril de 2015

LiterAgindo - Crítica O Lobo de Wall Street

Foto: LiterAgindo

Por Jonathas Passos

Olá LiterAgentes.

Hoje iremos falar um pouco sobre essa autobiografia de Jordan Belfort que rendeu até uma grande produção de Hollywood.

Então acomode-se e curta mais um vídeo de críticas do LiterAgindo.


É isso pessoal e até a próxima.

terça-feira, 14 de abril de 2015

LiterAgindo - Crítica Batman Asilo Arkham

Foto: LiterAgindo

Por Jonathas Passos

Olá LiterAgentes.

Essa Semana iremos falar sobre a Graphic Novel Batman Asilo Arkham: Uma Séria Casa em Um Sério Mundo.

Então dê um play e divirta-se.


É isso pessoal e até a próxima.

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