sábado, 18 de julho de 2015

Como eu era antes de você: um livro sobre o amor, o autêntico amor

Foto: LiterAgindo
Por Leandro Silva

A primeira vez que me encontrei com ‘Como eu era antes de você’, da Jojo Moyes, foi numa troca de presentes no ano passado, quando uma amiga ganhou de presente. Perguntei a respeito dele, aquela curiosidade de todo leitor quando não conhece um livro, e ela me disse que era ‘maravilhoso’. Bem, de lá pra cá me deparei mais duas vezes com ele, até que no mês passado eu o ganhei de presente e, enfim, fui lê-lo.

Se eu pudesse o descrever em uma única palavra diria que é emocionante. Não há como ler e não se envolver com a história de William Traynor e Louisa Clark, ou, simplesmente, Will e Lou. ‘Como eu era antes de você’ conta a história de um garoto que fica tetraplégico no auge de sua vida pessoal e profissional e que, devido a isso, não vê motivo algum para continuar vivendo. Até que encontra Lou, uma garota cheia de vida que acaba de perder o emprego e vai acabar como cuidadora de Will.

Como cuidadora de Will, Lou passa a conhecê-lo como ninguém. Seu jeito doce e animada passa a cativá-lo e todos começam a perceber que ele está mais vivo que nunca. Ambos passam a se divertir juntos, mesmo com todas as limitações de Will. Mas o livro, apesar de explicitar bem tais dificuldades, é um livro que mostra como superá-las. Começa a fluir aí um sentimento que vai mudar ambos para sempre.

Não imaginei que iria chorar com o livro, e realmente não chorei. Mas em diversos momentos do livro fiquei com os olhos marejados, com um enorme aperto no coração. Queria que o final fosse diferente, mas não imaginara o final surpreendente que a Moyes preparara. Não foi um final que ninguém esperava, não, não. Até que muitos já o aguardavam, mas foi um final que ensinou muito e deu total sentido ao livro.

O jeito simples que a Jojo Mayes escreve é incrível, nos leva para dentro da obra e nos deixa, como posso dizer... Íntimos de cada personagem que conhecemos. Ela constrói cada um deles de forma a que possamos vê-los em nosso dia a dia. A leitura flui de forma simples e é um ótimo livro, principalmente, se você agora, na sua ordem de leitura, procura algo mais leve. Sem falar que ‘Como eu era antes de você’ é uma história de amor, autêntico amor. 

A adaptação cinematográfica do livro deve ser lançada na metade do ano que vem, mas vale muito a pena você ler antes. A história é encantadora e vai prender você. Como todo livro da Intrínseca, veio com uma bela capa e uma diagramação incrível – sem falar das páginas amarelas. Super recomendo, pois é uma leitura incrível.

É isso, pessoal. Boa leitura e até a próxima.

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Crítica - O Clone de Cristo

Foto: LiterAgindo
Por: Jonathas Passos

Olá LiterAgentes.

Quando a Editora Saída de Emergência revelou que iria publicar o romance O Clone de Cristo de J.R. Lankford fiquei super empolgado. Tinha lido a sinopse do livro e achei a sua premissa interessantíssima, sem contar o fato de que sou fissurado em histórias que abordam o tema de teorias da conspiração, principalmente aquelas que envolvem religiões. Por isso, assim que tive a oportunidade de adquirir a minha cópia, assim o fiz.

Sabe quando estamos bastante ansiosos por alguma coisa e assim que conseguimos tê-la, não paramos de pensar nela até que a tenhamos consumido?! Foi o que aconteceu comigo. Fui ler O Clone de Cristo naquela ânsia de ter uma experiência única e incrível quando mergulhasse na história, mas confesso que não foi exatamente isso que aconteceu.

No enredo acompanhamos o ambicioso projeto do Drª Felix Rossi, que ao planejar e estudar por bastante tempo, acredita ser capaz de produzir o primeiro clone humano da história, mais que isso, ele acredita ser capaz de clonar o maior homem que passou pela terra: Jesus Cristo, o filho de Deus. Para tanto, ele usa de sua influência e consegue uns poucos fios do sudário de Turim, objeto que acredita-se ser a mortalha que envolveu o corpo de Cristo após a crucificação.

Depois que ele consegue realizar essa parte do plano, o próximo passo seria criar as condições necessária para que o clone pudesse surgir. Para isso ele teria que produzir embriões que fossem capazes de se desenvolver e o mais difícil: Encontrar uma mulher que fosse apta a se tornar a mãe de Deus. Sem contar que ele teria que manter todo esse processo em segredo.

Temos aqui todos os ingredientes para uma história que poderia se tornar uma grande obra, porém a autora peca no desenvolvimento dos personagens. O próprio Felix não é um personagem que nos cativa, mesmo com o seu conflito interno de realizar ou não a sua sonhada obra, sua relação com a irmã mais nova e com sua noiva, um segredo de família que abala a sua estrutura (que ao meu ver foi muito raso), não nos permite manter uma relação de carinho com o personagem. Maggie, a empregada de Felix que é escolhida/se escolhe para ser a mãe de Cristo é construída, desde o começo do livro, com o intuito de termos pena de sua história, forçar e ao mesmo tempo tentar embasar a sua escolha para ser a portadora do filho de Deus.

Os dois personagens que mais me chamaram a atenção foram Sam e Brown. O primeiro é o porteiro do prédio em que os Rossi moram e que depois descobrimos ter uma vida dupla, pois além de trabalhar na portaria do edifício ainda realiza algumas atividades para o dono do prédio, o Srº Brown. Brown é a figura mais marcante da história, um personagem totalmente misterioso e capaz de dar aquele folego no livro quando a narrativa está quase se afogando. Tem uma influência grande e, no livro, TOTALMENTE INEXPLICÁVEL tanto no governo do seu país quanto no do exterior.

Mesmo nos dando uma premissa tão envolvente, achei que a história demorou um pouco para engatar.

Até os 75% do livro não sentimos um perigo real e imediato contra o ambicioso projeto do Drº Felix, temos uma pequena construção de relações interpessoais entre os envolvidos na trama, chegando ao ponto de criar um romance improvável entre Maggie e Sam, que por si só não é forte o suficiente para prender o leitor.

Talvez o intuito maior da autora tenha sido construir uma ode contra qualquer tipo de discriminação, pois ela aborda temas raciais, religiosos e científicos que podem despertar algumas discussões mas que em uma história que deveria ser um Thriller toma uma parte tremenda da trama que poderia ser mas bem desenvolvida ou melhor preenchida com o aprofundamento dos personagens.

Concluindo, O Clone de Cristo é aquele livro que deve-se ler pra passar o tempo, não é nenhuma obra que poderia entrar no Hall de indispensáveis.

É isso pessoal, até a próxima.

sexta-feira, 3 de julho de 2015

O Alquimista - Até onde ir por sonho, até onde ir por um tesouro...

Foto: LiterAgindo

Por: Jean Ribeiro


Mantendo as primícias de todos os seus livros, Paulo Coelho traz todas as mensagens e significados escondidos nas entrelinhas de O Alquimista. Dispondo de diversos momentos de reflexão e alto ajuda, este livro dividiu e ainda divide as críticas sobre seu enredo. Assim, meus relatos vão apenas ajudar as pessoas que ainda não leram a decidirem se vão lê-lo ou não, e comparar minha opinião com quem já leu.

Eu li O Alquimista em plena adolescência, onde as ideias estão em busca de mais informações para a construção de algo sólido e neste período a história torna-se simplesmente mágica. Já na minha releitura há alguns anos atrás, pude me aprofundar além da magia e hoje posso dar uma opinião sólida sobre a obra.

O livro conta a história de Santiago, um jovem pastor que teve um sonho de forma repetida, onde uma criança o levava as pirâmides do Egito. Intrigado, ele procurou uma cigana para interpretar o seu sonho. De forma rápida, a cigana diz que Santiago tem que ir as pirâmides em busca de seu sonho, pois há um tesouro escondido para ele, dando assim início a jornada do jovem pastor que deixa tudo para trás em busca de seu sonho.

Santiago passa por diversas aventuras, na sua viagem em busca de seu sonho. Em meio a história, o aventureiro encontra o grande amor de sua vida e também um alquimista que pode revelar segredos e mistérios que podem levar Santiago a conclusão de sua jornada.

O Alquimista é um livro para ser compreendido e não somente lido. Normalmente, pessoas com o ego muito grande não gostam da história, pois as mensagens empregadas neste livro, nos levam a reflexões simples, porém de suma importância. Será que realmente estamos levando em consideração o que nos realmente queremos? Será que realmente estamos buscando as coisas que nos fazem felizes? Será que realmente precisamos buscar a felicidade do outro lado do mundo sem nos importamos com o que temos ao nosso lado? O quanto nós lutamos pelos nossos sonhos?

Todas essas perguntas e muitas outras são feitas por trás do disfarce da história e a mesma nos mostra que podemos sempre ter uma saída e os nossos tesouros podem estar mais perto do que imaginamos.

Como sempre, Paulo Coelho tenta nos levar as nossas questões pessoais através de suas histórias  e cabe a cada um saber se vai embarcar na magia ou não. Mesmo sem se apegar as entrelinhas do livro, O Alquimista trás uma história coerente que lhe prende bem, que possui aventuras, dramas, romance e muito mais.

Por ser um livro de leitura rápida, fica ainda mais fácil de se envolver, assimilar e refletir sobre a história. Assim O Alquimista é um daqueles livros que só se pode saber realmente se é bom ou não lendo-o. Eu particularmente gosto do livro e recomendo a leitura do mesmo, até porque Paulo Coelho não é o autor brasileiro mais lido no mundo atoa.

Para quem leu, deixem seus comentários, pois gostaria de saber a opinião de vocês sobre esta obra, O Alquimista.

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