sábado, 24 de janeiro de 2015

Aprendi Fazendo: Ele aprendeu fazendo e nós aprendemos com ele, lendo

Foto: LiterAgindo
Por Leandro Silva

Quando ouvi falar no livro ‘Aprendi Fazendo’, do Luiz Sebastiao Sandoval, de cara pensei que o livro fosse muito bom. Não apenas por ele ser o ex-presidente do Grupo Silvio Santos, um dos maiores grupos empresariais do Brasil, mas pelo que ele tinha a nos ensinar. O título simples foi de uma sacada imensa, já que diz como ele se tornou esse grande executivo que é hoje.

Para quem não conhece o Sandoval, deixa eu aqui apresentar um pouco desse empresário. De família pobre do interior de São Paulo, começou cedo a trabalhar ajudando seu pai. Desde a primeira moeda que ganhou com o suor de seu trabalho, não perdeu o gosto pela coisa. Continuou assim a vida toda.

Já adolescente ele, com um montante de dinheiro não tão grande, adquiriu o jornal da sua pequena cidade. Em crise, o dono do periódico vendeu a quem quisesse comprar. A partir daí Sandoval não parou mais. Trabalhou em várias empresas até chegar ao Grupo Silvio Santos, onde trabalhou por exatos 28 anos e saiu no auge da crise do Banco PanAmericano – creio aqui que todos ficaram sabendo desse fato.

O livro que ele próprio escreveu conta toda esta história de sua vida: desde sua primeira moeda, que repito: ganhou com o esforço do seu trabalho, até os dias atuais – lembrando que o livro é de 2011. Mas ele não é uma simples biografia. Não, não. Ele ensina a todos nós como devemos agir em determinadas situações. Como um verdadeiro líder age – e ele trabalhou com o maior, Silvio Santos. Como não devemos nos abater com coisas pequenas e que devemos ficar no trabalho até termos a confiança de nossos empregadores.

Sandoval conta que ele chegou aonde chegou por ser sempre determinado. No Grupo Silvio Santos ele nunca foi aquele de sempre concordar com o ‘Patrão’. Tinha suas opiniões e sabia como defendê-las e sabia discordar dele quando fosse necessário. E já parou pra pensar que é assim que devemos agir sempre? 

Acredito que este livro deve ser lido por todos. Não, não só por estudantes de administração ou aqueles que anseiam por histórias de bons líderes. Sandoval nos mostra, a partir da vida dele, como devemos agira durante a vida, em diversas situações, para alcançar o que queremos e fazendo isso da melhor forma possível. Acredito que é uma história a ser contada e admirada por todos.

Uma das melhores frases, e essa guardo comigo desde que li o livro, é que um verdadeiro líder elogia na frente de todos, mas repreende em particular. Isso meus amigos, não devemos levar apenas para a vida profissional, mas para a vida toda. Não se forma líderes, eles já nascem prontos. Mas há como melhorar e aprender sempre.

Bem, usei este livro em meu trabalho de conclusão de curso na faculdade, citando o modelo de executivo que é o Sandoval. ‘Aprendi Fazendo’ foi lançado pela Geração Editorial e inclui fotos de vários momentos da história do executivo. Aconselho a ler com toda a certeza do mundo que vocês, além de gostarem irão aprender muito. A edição tem 218 páginas de uma leitura deliciosa, aproveitem.

É isso pessoal, até a próxima e boa leitura. Abraço!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

O Signo Dos Quatro - Sherlock do tédio a genialidade

Foto: LiterAgindo


Por: Jean Ribeiro


Sinto-me atrevido e prepotente em escrever sobre uma das obras do grande Sir Arthur Conan Doyle, porem senti a necessidade de passar um pouco da riqueza que existe em suas obras, tanto para os que conhecem como para aqueles que nunca leram uma de suas obras, o que acho bastante difícil.

O Signo dos Quatro foi o segundo romance escrito por Doyle e abre um espaço cronológico de cinco a seis anos em relação ao seu primeiro romance, Um Estudo em Vermelho. Entre tantas obras, decidi escrever sobre o signo dos quatro por ser uma das histórias menos comentadas de Doyle, mesmo sendo seu segundo romance, pois o maior foco vai para o livro Um Estudo em Vermelho e o livro O Cão dos Baskervilles.

Então vamos ao O Signo dos Quatro.

O livro nos apresenta um surpreendente Sherlock viciado em drogas. O seu tédio se tornou tão intenso que a o vício tornou-se um escape da realidade. A preocupação do Dr. Watson mostra-se evidente. Mas logo a monotonia é quebrada com a aparição da senhorita Mary Morstan que traz um mistério que acaba fazendo o detetive mais famoso voltar a ativa. Com seu pai desaparecido, Mary revela as informações que envolve o mistério, onde o mesmo se torna ainda mais intrigante quando a senhorita revela que todo ano recebe uma pérola e que seu admirador misterioso acaba de lhe marcar um encontro. Assim, Sherlock e Dr. Watson se vêem em um caso intrigante, perigoso e mortal.

Isso é o máximo que posso resumir do livro sem dar nenhuma pista, pois o mais interessante dos livros de Doyle é exatamente os pequenos detalhes soltos na história que transmitirão o sentido final da historia, onde posso revelar que o final deste livro é mais que surpreendente.

Uma das coisa que mais me chamou atenção neste livro, é ver o quanto é importante a parceria do Dr. Watson e Sherlock, pois a mesma é essencial para o andamento e sucesso do caso. Outra coisa que percebe-se é o grande amadurecimento do Sr. Holmes, pois não vemos toda aquela arrogância e prepotência encontradas no livro Um Estudo em Vermelho.

Por fim, como já disse, Doyle nos entrega um final surpreendente que nos deixa pensando no caso por muito tempo e sua forma de descrever as situações e as emoções de seus personagens é simplesmente excepcional. Este livro é uma das explicações do porque algumas pessoas acharem que Sherlock Holmes realmente existiu. Na minha humilde opinião, O Signo dos Quatro é uma das histórias mais intensas do Sr. Holmes e de seu companheiro Dr Watson, um livro recheado de brilhantismo, muito mistério, muita ação e claro, muitas surpresas.
Recomendo com todo fervor. Não deixem de ler este grande clássico.

"Se meu futuro era negro, certamente era melhor enfrentá-lo como homem do que tentar abrilhantá-lo com ilusões da imaginação."  - Dr. Watson


sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Começando o ano com contos, ‘Os Contos de Beedle, o Bardo’

Foto: LiterAgindo
Por Leandro Silva

Resolvi começar o ano escrevendo sobre um gênero que adoro: o conto. Assim como abordei livros de contos nos últimos vídeos de dezembro/14, é um livro de contos que abordo nesta primeira crítica de 2015. O livro desta vez é muito conhecido do público que acompanha a série Harry Potter: ‘Os Contos de Beedle, o Bardo’. Mas claro que minha missão é que todos conheçam este belo livro.

O livro é de autoria da mesma autora de Harry Potter, J.K. Rowling, e é um livro que os próprios alunos usam na história mágica. O livro junta cinco contos ‘escritos’ por Beedle, o Bardo, um mago que viveu no século 15. Nessa época o mundo bruxo e o mundo trouxa (quem não é bruxo) ainda viviam juntos – mesmo não se dando tão bem.

No geral os contos do livro querem passar a mesma moral que contos de fadas e de outras histórias que conhecemos. Sempre um visão de como se tornar uma pessoa melhor. Os contos do livro são: ‘O Bruxo e o Caldeirão Saltitante’, ‘A Fonte da Sorte’, ‘O Coração Peludo do Mago’, ‘Babbitty, a Coelha, e seu Toco Gargalhante, e ‘O Conto dos Três Irmãos’.

O primeiro conto nos mostra o quão importante é sermos generoso e bondoso com as pessoas, sem esperar nada em troca. De uma forma simples e bonita, Rowling nos ensina a sempre ajudar a todos. Resumindo: é um bruxo que ao perder o pai bondoso resolve não ajudar mais ninguém. Com esta decisão passa a não viver em paz e acaba voltando a ajudar todos, para que assim, tanto ele quanto as pessoas da comunidade, vivam tranquilamente.

O segundo conto nos conta a história de três bruxas e um cavaleiro que, estando em situações difíceis, vão em busca do tão falado banho na fonte dos desejos para voltarem a ter uma vida feliz e tranquila. Sempre de forma incrível, o conto nos ensina a acreditar em nós mesmos e no trabalho que, se feito certo, precisamos para que tudo volte ao normal em nossas vidas. Que essa história de fonte que nos proporcione uma felicidade eterna não existe e que nós nos proporcionamos isso.

Já no terceiro conto do livro a história contada é de um jovem bruxo que quer se ver livre da paixão e do amor, por achar que isso tira as pessoas do seu estado normal e isso não seria benéfico para ele. Logo ele tenta mudar seu eu, fazendo um feitiço para tirar seu coração e guarda-lo em um lugar bem protegido de tudo isso. Claro, isso não acaba bem. Seu coração acaba ficando selvagem. 

O quarto conto ensina-nos a nunca subestimar os outros. Não se deve zombar de algo que você não conheça e sim respeitar. Além disso, as diferenças precisam ser respeitadas para que todos vivam em paz. Já o quinto conto é o mais conhecido, por ser contado por Hermione em um dos livros e filmes da série Harry Potter. Conta a história de três irmãos que, ao encontrarem a morte, tentam enganá-la. Tentam subestimá-la, tendo um poder maior que o seu. Pobres, não devemos subestimar nunca.

O livro é escrito de forma incrível, no maior estilo J.K. Rowling, e sempre nos ensina algo para a vida cotidiana. O livro conta com comentários de Alvo Dumbledore sempre ao fim de cada conto, algo que também é incrível. Ah! Também é dito que a versão original foi traduzida das runas antigas por Hermione Granger – algo que faz uma grande diferença para quem é potterhead.

Bem, o livro é curto, tem pouco mais de 100 páginas e você lê rapidamente, uma bela edição da Editora Rocco – capa muito linda por sinal. Para quem é fã da saga Harry Potter, é uma leitura obrigatória. Para quem não é, digo que a leitura vale a pena pelos belos ensinamentos que todos os contos nos proporcionam. Espero que tenham uma ótima leitura.

É isso pessoal, abraço e até a próxima.

A Outra Face - O Intenso Thriller que deu inicio a carreira do Autor Best Seller

Foto: LiterAgindo

Por: Jean Ribeiro


Ainda bastante jovem e curioso sobre o fantástico mundo da leitura que abrangia muito mais do que eu conhecia, descobri dois livros nas caixas de coisas antigas da minha mãe. O primeiro que li acabou se tornando meu trauma de infância, um livro que me fez perder algumas noites de sono e seu nome era O Exorcista. O Segundo me fascinou de tal forma que cheguei a lê-lo três vezes seguidas e o mantenho como um dos melhores livros que já li na vida. Este livro se chama A Outra face, primeiro romance escrito pelo autor Best-Sellers Sidney Sheldon.

A Outra Face é um livro que consegue lhe prender de forma arrebatadora desde a primeira página. Sidney Sheldon em sua estreia mostrou que com uma história simples, porém que seja bem estruturada e ritmada, a história pode se tornar algo forte, marcante e sem dúvida um sucesso. A frase usada na sinopse do livro "Um thriller psicologicamente intenso" não está ali por acaso, pois esta frase define bem este livro.

Diferentemente dos seus livros posteriores onde Sheldon assume a característica de usar protagonistas femininos, A Outra Face é protagonizado pelo psicanalista Judd Stevens. 
Em seu consultório na grande Manhattan, o dr. Stevens fica surpreso em receber dois policiais em seu consultório, e ainda mais surpresos quando revelam que um de seus pacientes foi assassinado. O que o deixa intrigado é que o seu paciente usava uma capa de chuva amarela que pertencia a Stevens, pois o mesmo a emprestou. Assim uma suspeita começa a se formar na mente do Doutor que vem se confirmar logo depois, a suspeita de que ele era o alvo, pois logo em seguida sua secretária é encontrada morta de uma maneira totalmente brutal.

Mas e agora? Quem o quer morto? E o Por que de tudo isso?

Com estas perguntas em mente e começando a ser tratado como suspeito, o Dr. Stevens começa a fazer um retrato psicológico do seu perseguidor enquanto busca em seus pacientes algum indício que possa indicar um suposto assassino.

Esta é a trama que Sidney Sheldon nos apresenta, e esta é a mesma trama que nos prende do começo ao fim.

Em uma narrativa intensa, Sheldon nos leva ao mundo da psicoanálise e o quanto ela pode ser precisa em determinar a personalidade, o jeito e até o físico de uma pessoa. Sheldon leva a trama para um lado sombrio e hipnotizante que nos deixa sem ar e nos faz querer ler cada vez mais rápido cada página para descobrir o final deste intrigante história.

Para quem ler A Outra Face pela primeira vez e já for acostumado com romances policiais, vai achar alguma coisas na narrativa clichês. Porém não esqueçam que esta obra foi publicada em 1970, e na época, o livro foi impactante e aclamado pela crítica ganhando até o prêmio de "Melhor Livro de Estreia" nos Edgar Allan Poe Award de 1971. Sendo assim, muitas das coisas que vemos nos thrillers policias de hoje são baseados em narrativas como A Outra Face.

Uma coisa é certa: Você não vai conseguir parar de lê-lo. Isso é fato.

Então deixo minha indicação para a leitura desse livro que tem um lugar especial na minha estante e no meu coração, principalmente porque possuo uma edição de 1985, o que torna este livro ainda mais especial. Não deixe de ler esse grande Best Seller e para você que já leu comente o que achou desta trama.


"Sua única esperança era continuar a trabalhar a mente doentia dele, deixando-a incapaz de funcionar."

Crítica - Guerra Civil Marvel - Stuart Moore

Foto: LiterAgindo
Por Jonathas Passos

Olá LiterAgentes!

Para alegria geral da nação literária, nós voltamos com as nossa críticas escritas!! E para esse retorno, decidi falar sobre um livro que, desde quando soube do seu lançamento, me peguei ansioso para tê-lo em mãos. Sim, meus caros Nerds, a adaptação em livro de uma das histórias mais fantásticas dos quadrinhos Marvel. A Guerra Civil.

A Guerra Civil foi um arco que apareceu em quase todas as revistas Marvel entre os anos de 2006 e 2007, e foi responsável pela mudança total do panorama de heróis que nós conhecemos. A história original foi escrita por Mark Millar e desenhada por Steve McNiven e foi um sucesso inquestionável. E para nossa surpresa a Marvel juntamente com a editora Novo Século nos presenteia com essa adaptação primorosa escrita por Stuart Moore.

O livro conta a separação dos heróis devido a acontecimentos que põe em cheque a segurança das pessoas comuns em um mundo permeado por Super Seres.

Tudo começa com um desastre causado por um grupo de jovens heróis, denominados Novos Guerreiros, que numa luta contra alguns vilões acabam acarretando uma grande explosão na cidade de Stanford, Connecticut, que mata muitas pessoas, incluindo crianças. Isso acarreta uma insatisfação muito grande da população contra os Super Seres, que acaba culminando na necessidade do governo agir. 

Devido a isso, o governo decide por em prática a Lei de Registro de Super-Humanos que, basicamente, é o cadastramento de todos os Super Heróis com seus respectivos poderes detalhados e identidades secretas reveladas ao público. Aqueles que concordassem poderiam passar por um treinamento específico para que pudessem continuar exercendo a "atividade" de heróis como funcionários do governo, com direito a salário e todos os outros benefícios, enquanto aqueles que não se dispusessem a revelar sua identidade e trabalhar para o governo seriam presos.

Essa lei traz um conflito de opiniões entre a comunidade super heroica. Encabeçados por Tony Stark, O Homem de Ferro, os que são a favor da Lei de Registros começam a fazer parte do governo, sendo controlados diretamente pela S.H.I.E.L.D. na pessoa de Maria Hill, que assumiu o cargo de comandante da organização depois que Nick Fury desapareceu em serviço. Em contra partida os que não são a favor tem como líder Steve Rogers, O Capitão América, que devido ao seu caráter e personalidade vê essa lei como uma forma de invasão de privacidade para os Super heróis, além de trazer consigo males piores, pois se muitos se escondem atrás de máscaras, é devido a preocupação para com os próximos a eles.

No decorrer da histórias muitos antigos amigos acabam se separando e até mesmos famílias de Super Humanos são desfeitas, é o caso do Quarteto Fantástico, pois enquanto Reed Richards, O Senhor Fantástico decide seguir Tony Stark, Sue Storm, A mulher Invisível, acaba indo para o lado de Steve Rogers.

Com os dois grupos de Super Humanos batalhando entre si, começam a ser necessárias novas aderências aos respectivos grupos, depois de saber que Thor veio a falecer no Ragnarok, Tony Stark decide ir em busca do Homem Aranha que, mesmo relutante acaba cedendo e numa coletiva de imprensa, semelhante a que Tony Stark revelou ser o Homem de Ferro, ele acaba revelando ser Peter Parker. Por isso ele torna-se a mão direita de Stark, juntamento com Reed. Porém numa batalha caótica é descoberto que Tony, Reed e Hank Pym, o Homem Formiga, clonaram Thor, porém a força descomunal do Deus clonado acaba saindo do controle e ele mata o herói conhecido como Golias. Devido a isso Peter decide ir para o lado do Capitão América, mas os dois grupos percebe que essa Guerra não poderia levar a nenhum fim agradável.

Muitos dos heróis Rebeldes foram presos na Zona Negativa, prisão criada por Reed Richards, em um tipo de dimensão diferente, depois de um plano grandioso para libertar os cativos começa a batalha final, repleta de reviravoltas e momentos de confrontos alucinantes, ela nos traz um final surpreendente.

Um livro que sabe mesclar bem seus momentos de comédia, ação, drama, suspense e que nos faz querer devorá-lo por completo sem pensar em nada mais. Por isso não perca a oportunidade de ler essa primorosa adaptação de Guerra Civil da Marvel.

É isso e até a próxima!

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