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Foto: LiterAgindo |
Por Jonathas Passos
Olá LiterAgentes!
Hoje irei falar sobre um clássico da literatura do horror, Christine.
Escrita pelo grande mestre Stephen King, Christine conta a história de Arnie Cunnigham e sua avassaladora paixão por um Plymouth Fury 1958 que faz com que a vida de toda uma cidade seja mudada.
A história é contada em primeira pessoa por Dennis, melhor amigo de Arnie, que presenciou toda a história que se desenrolou antes, durante e após o encontro de Arnie e Christine. Dennis era um daqueles caras populares da escola, capitão do time de futebol e beisebol, e um dos nadadores principais da Associação. Enquanto Arnie era totalmente o oposto, isto é, um perdedor com o rosto tomado por espinhas, magro e totalmente desajeitado com as garotas.
Logo no prólogo nos é apresentado as características dos personagens e a opinião de Dennis sobre esse famigerado romance. Isso é algo muito interessante nos livros do Sr. King, ele consegue em poucas palavras nos fazer ficar grudados na história, a fim de satisfazermos a curiosidade do que vai acontecer na próxima página.
Voltando pra história. Em uma volta para casa, Arnie Cunnigham vê pela primeira vez aquilo que seria a verdadeira desgraça de toda a sua vida e daqueles que vivem próximo a ele, porém cego pela atração que Christine exala, ele enlouquece ao ponto de criar uma obsessão irracional pelo carro. O Plymouth Fury 1958 encontrava-se em um estado deplorável, coberto por ferrugens e amassados, além de diversos problemas no motor e em seu interior, enfim uma verdadeira lata velha. O seu dono atual, Roland D. LeBay, era um velho soldado com um passado obscuro que no decorrer do livro nos é mostrado e que tem bastante influência no desenrolar da história. Depois de uma negociação acirrada e de diverso protestos de Dennis, Arnie adquire o carro.
É a partir desse ponto que as coisas começam a dar errado. Primeiramente, começam a ocorrer mudanças físicas em Arnie, seu rosto que antes era coberto de espinhas torna-se mais limpo, seu corpo magro começa adquirir massa muscular e enfim ele começa a ser notado pelas pessoas. Uma dessas pessoas chama-se Leigh Cabot, que no decorrer da história acaba se apaixonando por Arnie. Mas o que parecia ser uma melhora acaba se tornado algo horripilante pois, em contrapartida, a personalidade de Arnie é mudada ao ponto dele começar a viver em função do carro, todas as suas atitudes e decisões são voltadas para Christine o que gera um afastamento das pessoas mais próximas à ele, isto é, seu pai, sua mãe e por fim Dennis. Além disso, traços de LeBay começam a surgir nos trejeitos de Arnie, palavras que o antigo dono de Chistine usava, as dores na coluna, os pontos de vista sobre determinados assuntos e é claro, a obsessão pelo carro.
Cada vez que Arnie vai perdendo um pouco mais das suas características e Christine acaba tornando-se mais nova, como se ela estivesse sugando a força vital do pobre Arnie sem ele perceber.
Depois que Leigh se aproxima de Arnie, ela e Dennis tentam mostrá-lo que a "paixão" que ele sente pelo carro está lhe prejudicando, contudo, Christine ao perceber essa artimanha, começa demonstrar uma certa antipatia, ou melhor, um certo ciúme tanto de Leigh como de Dennis, o que torna o convívio entre eles muito difícil. Além disso, todos os inimigos de Arnie começam a ser assassinados misteriosamente.
Por fim, Dennis tenta com todas as forças descobrir o segredo por trás do carro para mostrar ao seu amigo todo o mal que gira em torno de Christine, isto o leva ao passado da família LeBay e dos acontecimentos que levaram a venda do carro por Roland D. LeBay.
O final é previsível, porém com relação aos livros de Stephen King eu gosto de aplicar aquela famosa frase: "O que vale não é o pote de ouro no final do arco-iris mas, o caminho até encontrá-lo."
O escritor consegue de forma magistral nos prender página por página e, com plena certeza, não nos arrependemos de ter perdido algumas horas de sono.
A edição que tenho é de bolso da Ponto de Leitura, confesso que as páginas tornam-se um pouco apertadas, mas como geralmente os livros de Stephen King publicados pela Editora Suma de Letras são um pouco caros, vale a pena compra essas edições de bolso, pois são poucos os erros encontrados nessas edições menores, nada muito alarmante.
Quero aproveitar esses espaço pra falar sobre a trilha sonora desse livro, ela é ótima, quando lê-lo tente encontrar as músicas que ele cita, pois são de altíssima qualidade.
É isso pessoal, obrigado e até a próxima.