sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Crítica - Romances Policiais

Olá LiterAgentes. Sejam Bem Vindo à mais um vídeo do LiterAgindo.

Nesse vídeo iremos falar um pouco sobre três grandes romances policiais:

- A Execução de Sherlock Holmes - Donald Thomas 00:11
- Elefantes Não Esquecem - Agatha Christie 06:08
- O Escaravelho do Diabo - Lúcia Machado de Almeida 13:25

Veja as nossa críticas e saiba que é possível fugir de uma prisão de segurança máxima, desvendar um duplo suicídio e descobrir como um escaravelho pode ser importante para uma investigação.

Queremos agradecer ao LiterAgente Danilo Borges pela linda vinheta que ele preparou.

É isso pessoal e até a próxima!


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

O Velho Logan - Wolverine deixou de existir?

Foto: LiterAgindo

Por: Jean Ribeiro

"Ninguém tem noção do que aconteceu na noite em que deram cabo dos heróis. A gente só sabe que eles sumiram, o mal triunfou e os vilões têm mandado e desmandado desde então. O maior mistério de todos é o Wolverine. Alguns dizem que ele se feriu como nunca antes. Outros, que o canadense cansou da luta e se aposentou pra levar uma vida mais simples. Seja como for, faz quase 50 anos que ninguém ouve a voz do Logan ou mesmo vê suas garras. Hoje, ele mal seria reconhecido pelos amigos."

Com estas palavras fantásticas, se dá inicio a Hq O Velho Logan. Uma história que consegue lhe prender do começo ao fim e com certeza um dos melhores contos relacionado ao Wolverine. Simplesmente uma obra prima de Mark Millar e Steve McNiven.

A história se passa cinquenta anos após o ataque que acabou com todos os heróis. Logan vive pacificamente como fazendeiro com sua mulher e seus filhos. Não existe nenhum resquício "do Wolverine" de antes, pois nada de violência e principalmente de mostrar as garras novamente.



Mapa EUA
Foto: Reprodução/O Velho Logan

A América foi dividida em províncias entre os vilões e Logan vive em uma região que é comandada por ninguém menos que Bruce Banner, O Hulk e seus filhos. Assim, Logan recebe uma visita dos filhos de Banner para a cobrança do aluguel, porém sem dinheiro, o velho Logan acabou sendo espancando brutalmente e deixado sobre aviso que no próximo mês teria que pagar o dobro. Mas onde conseguiria dinheiro?

Gavião Arqueiro, Logan e o Aranha Móvel
Foto: Reprodução/O Velho Logan
A resposta veio com a aparição do velho Gavião Arqueiro que agora está cego. Ele pede a Logan que seja seu navegador para que o mesmo possa entregar uma encomenda e, ao termino do serviço, ele pagaria a Logan o suficiente para a quitação da dívida e ainda sobrar dinheiro. Sem muita escolha, Logan aceita a proposta do gavião dando início a jornada dos dois a bordo de nada menos do que o Aranha Móvel.

Sem me aprofundar na história, para não dar Spoiler, posso dizer que O Velho Logan é uma Hq com uma ambientação bastante sombria e violenta. As revelações que vão sendo mostradas, as paisagens apocalípticas dos territórios controlados pelos vilões, a mostra do fim de alguns heróis e vilões e principalmente a luta do Logan para se manter pacífico são impressionantes. Mas Wolverine não morre, na verdade Wolverine está bem vivo dentro do Velho Logan.

Antes de finalizar, um spoiler tem que ser dado. No final temos sim o combate do velho Wolverine contra o velho Bruce Banner, ou  melhor, o Hulk. Mas o resultado desta impressionante história, você vai ter que ler para saber.

Não posso deixar de parabenizar a Panini Comics Salvat por essa Coleção de Graphic Novels da Marvel. Muito bem trabalhada, capa dura, impressão impecável e o melhor de tudo, um preço bastante acessível. Assim, se você é um fã de Hqs e quer ter sua coleção, aproveitem esta ótima oportunidade de ter suas histórias favoritas em casa.

Então aproveitem e não deixem de ler essa história incrível, a história do Velho Logan.

Logan, ou melhor, Wolverine
Foto: Reprodução/O Velho Logan

Crítica - A Piada Morta - Alan Moore

Foto:LiterAgindo


Por Jonathas Passos

A Piada Mortal é uma daquelas Hqs que são essenciais para vida de qualquer nerd. Isso mesmo, eu não estou exagerando.

O que seria do Batman sem os seus incríveis vilões?
Mais especificamente, o que seria do Batman sem o Coringa?

É de concordância geral que o Coringa é um dos melhores vilões já criado. Sua loucura obsessiva pelo Batman e sua vontade pura e simples de gerar o caos é a força motriz para que ele seja tão amado/odiado por todos os conhecedores de suas história.

Não bastasse ele já ser um personagem tão incrível e complexo como ele é. Vem o gênio Alan Moore e escreve essa obra-prima, considerada por muitos a história definitiva do Coringa, que nos dá uma nova visão do surgimento do Palhaço do mal e, por que não dizer, do seu fim.

A história começa com o Batman chegando ao Asilo Arkham para ter uma conversa definitiva com o Coringa sobre a relação entre eles. Porém, ele acaba descobrindo que o Coringa havia fugido novamente, sem deixar pistas sobre o que ele pretendia.

Descobrimos que o Coringa pretendia fazer o último e mais maléfico ato de maldade, ele queria mostrar para o mundo que uma situação extrema pode fazer com que qualquer pessoa se deixe dominar pela loucura e se transforme em algo muito horrendo.

No decorrer da história, flashbacks da vida da pessoa que era o Coringa, antes da loucura o dominar, nos é mostrado. Sua horrível situação financeira, sua necessidade de fazer algo por sua família, sua decisão de se envolver na vida de crimes, e claro, o final trágico que essa decisão trouxe.

Voltando para os dias de hoje, o Coringa decide colocar seu maléfico plano em prática. Primeiro, ele vai a casa do Comissário Gordon e atira em sua filha, deixando-a paralítica. Após sequestrar o comissário, ele é levado a um parque de diversão dos horrores onde lhe é imposto um terror psicológico inimaginável, incluindo fotos de sua filha, Barbara, sendo estuprada pelo Coringa, com o intuito de deixá-lo louco.

Enquanto isso o Batman descobre onde ele está e vai tentar salvar o comissário. Depois de libertar seu amigo o Batman tem um embate definitivo com seu arqui-inimigo que leva a um fim que, durante muito tempo foi questionado por muitos fãs sobre o seu verdadeiro significado mas que em fim foi desvendado pelo Grande Grant Morrison, ao afirmar que o Batman mata o Coringa no final da história.

Enfim, essa obra de arte é pra mim uma das maiores Hqs de todos os tempos e tem o poder de nos deixar boquiabertos a cada página. A loucura do Coringa é nos mostrada a níveis inimagináveis, deixando-nos cada vez mais impressionado ao analisar que bem como o Coringa tem o nível de loucura, o Batman também tem. E o fim é avassalador.

É isso pessoal, espero que tenham gostado e até a próxima.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Crítica - Os Livros da Magia - Neil Gaiman

Foto: LiterAgindo



Por Jonathas Passos


Olá LiterAgentes. Hoje iremos falar um pouco sobre outra maravilhosa obra de Neil Gaiman: Os Livros da Magia.
Menino! Acreditas em Magia?
Foto: Reprodução/ Os Livros da Magia

Essa magistral obra conta a história de Timothy Hunter, um garoto de treze anos que possui um raro dom para a magia e que tem a oportunidade de se tornar o maior mago de sua geração. Porém, ele ainda não sabe disso. Com um dom tão grande a seu alcance, ele se torna um alvo em potencial para as forças do mal, que desejam ou matá-lo ou usar o poder do garoto para atos maléficos.

A Brigada dos Encapuzados
Foto: Reprodução/Os Livros da Magia
Em contrapartida, um grupo com os quatro maiores magos da terra: John Constantine, Mister Io, Doutor Oculto e Senhor Estranho, denominados de a Brigada dos Encapuzados, decidem levar Tim para uma jornada de iniciação à magia. Essa jornada seria dividida em quatro etapas.

Primeiro, Timothy iria com o Senhor Estranho ao início de tudo, aos primórdios da Magia, passando por eras longínquas em que os dons mágicos eram utilizados de maneira livre e de forma poderosa. Lá no passado ele vê as civilizações crescerem e se destruírem, conhece magos poderosos de eras a muito esquecidas e descobre como, com o tempo, a magia foi sendo esquecida pelos homens.

Na segunda etapa, Timothy vai com John Constatine ao novo mundo, isto é, aos Estados Unidos da América e lá ele é apresentado a magia atual. Podemos dizer que essa é a parte da história em que o humor está mais presente, devido ao sarcasmo e a arrogância de Constantine e as situações que eles vivem. Nesse novo mundo, Tim conhece magos, heróis e um bar onde muitas criaturas do mundo mágico costumam se reunir. Nessa etapa Timothy também percebe que realmente sua vida corre perigo.

Na Terceira etapa, é a vez de Doutor Oculto levar Tim para conhecer o outro plano do mundo, isso mesmo, ele é levado ao mundo das fadas e lá ele percebe que nem tudo o que se vê é aquilo realmente, nessa jornada Tim percebe que nem sempre ele vai poder confiar nos seres mágicos, pois nem todos possuem boa vontade para com todos.

Timothy e Mister Io
Foto: Reprodução/Os Livros da Magia
No último momento, Tim é levado por Mister Io para conhecer o futuro, isto é, um dos futuros possível, lá ele percebe que o ciclo tende a se reiniciar. Os seres humanos se tornam tão desenvolvidos que a magia e a ciência se confundem e até mesmo a evolução leva a um processo de regressão.

Enfim, Gaiman nos permite mais uma vez, de forma inacreditável, embarcarmos em uma aventura singular. Suas comparações e analogias filosóficas são coisas que fazem com que qualquer um sinta-se totalmente imerso na história. Fiquei debruçado sobre esta história durante muito tempo, pois me fez ficar impressionado com a incrível criatividade desse autor.

Além da rica história tenho que enfatizar os belos traços de John Bolton; Scott hampton; Charles Vess e Paul Johnson que só melhoram essa história, pois captam em cada página a riqueza dessa história.

É isso pessoal e até a próxima! 

A Música Do Silêncio: Lírico, misterioso e profundo

Foto: LiterAgindo
Por: Jean Ribeiro

Se você ainda não leu A Crônica do Matador do Rei composto pelos livros O Nome do Vento e o Temor do Sábio, deixo o aviso que A Música do Silêncio é referente a saga que acabei de citar. Não uma continuação, mas algo que acontece nos bastidores da história, um conto sobre a personagem mais enigmática dos livros citados. Assim, aconselho a leitura dos dois livros da saga, para assim você imergir com total conhecimento sobre a Auri.

"Talvez você não queira comprar este livro. Eu sei, não se espera que um autor diga esse tipo de coisa. O pessoal do marketing não vai gostar. Minha editora terá um ataque. Mas prefiro ser honesto com você logo de saída."

O livro começa exatamente com as palavras acima. O autor Patrick Rothfuss nos avisa em seu prefácio o que encontraremos na história, não uma continuação e muito menos teremos ação e outros elementos de histórias de fantasia. O que encontraremos é um pouco da Auri, um pouco do seu mistério e um pouco de sua mágica.

De forma resumida, eu posso falar que o livro nos traz Auri nos dias que antecedem a chegada de Kvothe. Cada dia revela algo novo, até porque tudo é mostrado na visão de Auri, uma visão de alguém que quer manter as coisas sempre nos lugares corretos, de alguém que quer se manter pequena para o bom funcionamento do mundo e que deixa de fazer suas vontades para isso.

"Cruzando-a, levantou bem Foxen bem alto. Aspirou o perfume do ar. Sorriu. Sabia exatamente onde estava. Tudo estava exatamente onde devia."

O título do livro não é a toa, pois mais do que nas outras obras, o texto flui como uma verdadeira música que ecoa por sua mente enquanto você lê em silêncio. A forma de escrever de Patrick é uma forma poética e quase lírica, mas esse atributos são elevados ao máximo nesse conto. A leitura transcorre de uma forma tão tranquila como um jardim de primavera e a história flui de forma meiga e coerente como o leito de um riacho, mas sem deixar de ser bastante intensa.

Dessa forma, Patrick nos revela muito sobre o dia a dia de Auri, essa personagem tão encantadora. Os seus problemas pessoais, suas buscas e descobertas, suas façanhas e sua visão de funcionamento do mundo. Uma história realmente cativante.

"Sorriu ante sua perfeição. Era sabonete para beijar. Macio, mas firme. Misterioso, mas doce. Não havia nada igual em todo Temerant. Nada embaixo da terra ou sob o céu."

Ilustração Cemitério
Foto: Reprodução/Livro A Música do Silêncio
Para finalizar essa resenha, não posso deixar de comentar sobre a belíssima capa deste livro. Simplesmente algo que encanta mesmo sem saber do que se trata. As ilustrações que compõem o livro são perfeitas, elas nos trazem uma ideia dos locais e nos fazem aprofundar ainda mais na narrativa. Deixo também meus parabéns a Editora Arqueiro pelo ótimo trabalho feito nesse livro encantador em todos os aspectos.

O ponto negativo de A Música do Silêncio é simplesmente por ele ser tão curto. Nada a mais nada a menos.

Para quem tiver a curiosidade de ler as nossas resenhas dos livros de A Crônica do Matador do Rei, pode acessar os links abaixo.

O Nome do Vento
http://blogliteragindo.blogspot.com.br/2014/08/por-jean-ribeiro-e-por-isso-que-as.html

O Temor do Sábio
http://blogliteragindo.blogspot.com.br/2014/08/o-temor-do-sabio-patrick-rothfuss.html

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Os incríveis guardanapos de Antônio

Primeiro e Segundo livros do Pedro Gabriel.
Foto: LiterAgindo
Por Leandro Silva

Dessa vez eu escolhi falar sobre dois lindos livros que falam de amor: primeiros amores, amores não correspondidos, as desilusões que nos causam o amor. Mas calma, tudo isso é escrito de uma forma encantadora, em poesias de guardanapos que nos fazem não querer para de ler. Acho que você saber de quais livros estou falando. É, é dele, o autor que fez tanto sucesso nas redes sociais que a Editora Intrínseca resolveu apostar: Pedro Gabriel e os livros ‘Eu me chamo Antônio’ e ‘Segundo – Eu me chamo Antônio’.

Acredito que todos já ouviram ou leram algum texto dele enquanto navega na internet – principalmente se você tem conta no facebook. Algum amigo já compartilhou seus versos, escritos em guardanapos numa noite qualquer de bebedeira num certo bar do Rio de Janeiro. E confesso uma coisa: são lindos. E foi escrevendo sobre o amor, em todas as suas formas e fases, que Gabriel conseguiu alcançar o sucesso e fazer com que todos, em alguma fase, se sintam representados naquelas páginas.

"O amor só termina quando não começa".
Foto: Reprodução/Livro Eu me chamo Antônio

No primeiro livro Gabriel nos apresenta o personagem fictício ‘Antônio’, que vive amores, mas também passa por desilusões amorosas e resolve falar sobre isso de uma forma diferente. É em um bar, durante um chopp e outro que ele escreve nos guardanapos o que está sentindo. Como ele diz, nem sempre a letra sai legível, culpa da bebida. Mas também é meia culpa da bebida os incríveis versos. Ele também aproveita frases conhecidas por todos para reformular e nos mostrar elas sob outro aspecto. 

“A tempestade irá, a bonança virá, e a gente será?”, “Você chegou maçã e salva: agora podemos pecar em qualquer paraíso”, “(Mas) Eu só versifico pra saber se fico menos só” são algumas frases que você encontrará nos livro. Ah, as poesias são divididas em temas e no final dos livro têm o sumário, caso não entenda no guardanapo.

Aí quando você acha que já viu tudo que Antônio poderia nos trazer de lindo sobre o amor, você também se lembra que quando estamos falando de amor, sempre podemos ser mais. Então Pedro Gabriel escreve ‘Segundo – Eu me chamo Antônio’, que segue a mesma linha, mas que também nos traz pequenas histórias. Pois é, além dos tradicionais guardanapos, Antônio nos traz histórias de amor que... Ah! Nos encantam.

História contada no livro.
Foto: Reprodução/Livro Segundo - Eu me chamo Antônio.
O segundo livro conseguiu ser mais tocante que o primeiro, mais intenso. Quem lê o livro em poucos minutos (qualquer um dos dois livros) é porque não sabe apreciar os que é escrito sobre o amor. Lê por lê. Não sente o que ele quer passar, não vê além do que é escrito. Pra ler Antônio tem que saber o significado do amor. Tem que amar. Mesmo o que lee escreve sobre desilusões amorosas você consegue absorver e sentir a dor que nosso querido personagem passa. 

São dois grandes livros. São versos em guardanapos e histórias sobre o melhor personagem do mundo: o amor. Compre, leia e passe a ver e falar de amor como Antônio fala: de forma simples, mas intensa e linda. Aproveite que ele está viajando o país e pegue um autógrafo dele também. Enfim, ‘Eu me chamo Antônio’ e ‘Segundo – Eu me chamo Antônio’, dois grandes livros sobre o amor.

É isso pessoal, abraço e até a próxima.

"Céu cinza, nuvens negras. Noite em branco. Ainda assim, tudo azul porque EU TE AMO".
Foto: Reprodução/Livro Segundo - Eu me chamo Antônio

Sistema de comentários