quarta-feira, 19 de agosto de 2015

[CRÔNICA] Reler ou não reler, eis a questão.

Foto: Internet

Por Leandro Silva

Qualquer semelhança com a famosa frase do Sr. William Shakespeare é mera, apenas mera coincidência. (Hehehe) Assim, decidi fazer essa adaptação desta famosa frase shakespeariana porque ela é super adaptável a muitas situações, inclusive a que vou tratar aqui hoje: reler ou não um livro?

Pra falar a verdade eu não sou muito de reler, depois que leio um livro é como se eu quisesse uma continuação dele, não mais do mesmo. Poucos foram os livros que reli. Lembro de alguns como Harry Potter e... Bem, só lembro desse com mais precisão, você vai ter que acreditar em mim quando digo que li outros.

Contudo, mesmo não sendo muito fã disso, eu comecei a reler 'O Pequeno Príncipe', do grande Antoine de Saint-Exupéry. Esse livro, além de nos ensinar muito, é leitura obrigatória pra crianças e adultos. Bem, resolvi ler porque o filme estreia neste mês (se você está lendo esse texto depois do dia 20/08, corre pro cinema). Queria relembrar as aventuras do nosso pequeno garoto dos cabelos cor de ouro.

Mas pra dizer a verdade, não foi a mesma coisa. Quando o li a primeira vez eu fui tomado por uma emoção incrível. Estava na Livraria Cultura, um ambiente super propício para leitura de qualquer coisa. Estava eu e uma amiga e jutos passamos uma tarde lá e lembro de que, de tão entretido com o príncipe, nem vi que já era noite. Fui tomado por uma emoção danada a cada página. Era como se eu estivesse ali no Saara, ou no asteróide B 612. 

Mas dessa vez não. Não foi a mesma coisa. Era outra época, outra situação, outro contexto. Li e confirmei o quão boa é a história e realmente o quanto ela nos ensina, mas não senti a mesma coisa de antes. E, como a sensação da primeira leitura é sempre algo incrível, é dessa primeira leitura que quero lembrar sempre que ver qualquer coisa relacionada ao Pequeno Príncipe e a qualquer outro livro que eu leia. 

Não sei vocês, mais se eu tivesse que responder a pergunta, diria que é melhor não reler. Parte pra outro, guarda apenas a história e o como foi incrível a leitura do livro. Se o livro tiver continuação, que é o caso d'O Pequeno Príncipe, ótimo. Senão, pega um do mesmo autor ou parte pra outro. Te garanto, é melhor. 

É isso pessoal, até a próxima.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Crítica - Sandman Edição Definitiva Volume 1 [Vídeo]

Foto: LiterAgindo

Olá LiterAgentes.

Há algum tempo atrás eu escrevi uma crítica sobre a Edição Definitiva de Sandman - Volume 1.

Porém eu percebi que vocês mereciam muito mais, pois Sandman é uma obra visual tão linda e arrebatadora que merecia um vídeo só dela. Por isso, decidi gravar não apenas um, mas quatro vídeos falando sobre essa magnífica obra.

Não espere encontrar em Sandman embates de poderes como os quadrinhos de heróis comuns, aqui você encontrará um embate de palavras que irá fazer você refletir muito, muito e muito.

Esse é o primeiro vídeo em que apresento os personagens e o arco das revistas The Sandman 1 a 20.

Leia. Pense. Mude. Seja um LiterAgente.




terça-feira, 11 de agosto de 2015

Crítica - Cartas de Um Diabo a Seu Aprendiz - C. S. Lewis

Foto: LiterAgindo
Por Jonathas Passos.

Olá LiterAgentes.

Quando falamos da obra de C. S. Lewis a maioria de nós tende a pensar, em primeiro lugar, na sua famosa criação: As Crônicas de Nárnia. Mas de suas mãos surgiram livros e histórias muito marcantes dentre as quais vamos nos focar na reflexiva obra: Cartas de um Diabo a Seu Aprendiz.

A vida de Lewis no âmbito espiritual foi um pouco conturbada. Criado desde o nascimento dentro da fé cristã, quando atingiu a adolescência tornou-se um ateu convicto o que, de certo modo, ajudou a tornar-se um grande acadêmico ao ponto de ter elaborado teses que são estudadas até hoje. Mas existiu um fator que lhe influenciou para o retorno ao cristianismo e esse fator chamava-se J. R. R. Tolkien, aquele mesmo, o criado do Senhor dos Anéis. Tolkien foi um forte influenciador para que Lewis voltasse para a fé cristã. Para saber um pouco mais sobre a historia de vida de C. S. Lewis eu indico o filme Shadowlands, que tem uma interpretação magnifica de Anthony Hopkins como o nosso querido escritor.

Mas enfim, vamos ao livro. Cartas de um Diabo a Seu Aprendiz foi escrito em 1942 em plena segunda guerra mundial e foi dedicado especialmente ao J. R. R. Tolkien. O mundo passava por um sério declínio moral e espiritual, então Lewis teve a genial ideia de escrever um livro em que, de modo sarcástico e ácido, ele narra um troca de cartas entre dois demônios, onde um tio ensina ao seu sobrinho como afastar as pessoas de sua fé e de um possível conforto espiritual.

Fitafuso é um demônio experiente que tenta mostrar ao seu sobrinho Vermebile os meandros do trabalho de um Demônio Tentador e de como usar as circunstâncias ao redor com o fim de tirar as pessoas da mão de seu inimigo(Deus).

É engraçado como Lewis utiliza de situações corriqueiras que acontecem nas comunidades cristãs que podem fazer com que as pessoas sintam-se excluídas e mal recebidas no meio do povo de Deus. Bem como ele utiliza de situações agravantes em períodos de guerra que podem fazer o homem culpar Deus por todos os problemas do mundo. Os ensinamentos de Fitafuso vão desde o relacionamento da família do cliente, até o seu ambiente de trabalho, passando pelos momentos de divertimento.

Ao ler esse livro nós acabamos nos identificando com certas situações que as vezes nos passam despercebidas, mas que acontecem cotidianamente e que vistas sobre uma outra ótica diferente podem ser utilizadas como lições de vida.

A única crítica negativa que tenho dessa edição são as páginas brancas que em alguns casos dificultam a leitura, principalmente quando estamos na luz natural. Fora isso a editora WMF Martins Fontes está de parabéns. 

Mesmo que você não professe a fé cristã este é um livro que deve ser lido pra vida. Além de ser muito reflexivo é um livro totalmente divertido de ler, pois em cada capítulo ele nos traz uma situação nova em que vemos Fitafuso se irritar com a incompetência se seu sobrinho ou parabenizá-lo por suas conquistas.

Termino essa crítica fazendo um citação do livro:

"A fina flor da profanação só pode crescer se for plantada perto do Sagrado. Em nenhum lugar a nossa tentação é tão bem sucedida quanto nos próprios pés do Altar."
É isso pessoal e até a próxima.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

[CRÔNICA] Livros, chuvas e frio

Foto: LiterAgindo

Por Leandro Silva

Sabe, acredito que quem gosta de ler arruma qualquer "desculpa" para isso. Tudo e todo momento é perfeito pra pegar o livro e começar a leitura. Mas alguém já viu algum período melhor do que o chuvoso para isso? Pra mim não há. Quando o céu começa a nublar, o tempo começa a esfriar e a chuva cai, pego logo meu livro e vou pro lugar mais quente e aconchegante que tem na minha casa: meu quarto.

E tem livros que pedem que o tempo esteja assim para que você o leia. Por exemplo, o livro de contos 'Deixe a neve cair', escrito em parceria por John Green, Maureen Johnson e Lauren Myracle , se passa num rigoroso inverno americano e quando você lê num tempo que lembre o mínimo que seja o inverno de lá, nossa! Você consegue viajar ainda mais rápido pro universo fictício do livro.

Pra falar a verdade, o tempo chuvoso é ótimo não só para ler, mas para escrever também. Inclusive este texto que vocês estão lendo teve sua produção iniciada enquanto eu estava estiando a chuva dias atrás e insistir em sair de casa sem guarda-chuva - não sei vocês, mas eu não gosto muito de sair com este acessório.

Tempo chuvoso e leitura pra mim é igual aquela música 'Fico assim sem você', é difícil não associar um ao outro. 

Bem, estamos no inverno e temos indicações de livros a vontade aqui no blog que são perfeitos para você unir o útil ao agradável. Então, pega teu livro e corre pro teu lugar preferido pra leitura nesses dias frios. O meu não sai do meu lado, e enquanto o tempo estiver desse jeito, sei que vou ler mais que o normal.

Boa leitura a todos e até a próxima.

Sistema de comentários