Por Leandro Silva
Hoje resolvi falar sobre um livro que não é um dos meus favoritos, mas que tenho um grande apreço por ele. “A livraria 24 horas do Mr. Penumbra”, do Robin Sloan, não é um daqueles livros que te fazem sair por aí dizendo: ‘Ohh, que livro é este meu Deus?’, ou algo do tipo: ‘Deveria ter lido este livro antes’. Contudo, é um livro que marca quem o lê, se me perguntassem que nota o daria, diria que um sete estava de bom tamanho.
O livro conta a história do jovem Clay Jannon, recém formado em web designer e que, por estar desempregado e precisando de dinheiro rápido, resolver aceitar qualquer emprego que o faça honrar suas dívidas. Ao sair pelas ruas de São Francisco, vê que em uma pequena, mas chamativa livraria, precisa de novos funcionários. Resolve então se candidatar a vaga.
Quando chega a livraria, que tem o nome do seu dono e que, por conseqüência, dá nome ao livro, encontra logo um senhor simpático, mesmo parecendo misterioso: é o Sr. Penumbra. Questionado se trabalhar a noite seria um empecilho para ele, Clay informa que não e garante seu emprego. O fato de ser jovem o faz ganhar logo a confiança e admiração do Mr Penumbra.
Já trabalhando na livraria, Clay percebe que poucos são os clientes. Os poucos que chegam são sempre umas pessoas ‘velhas’, que não fazem nenhuma aquisição, apenas deixam e pegam livros de uma seção denominada ‘pré-histórica’. Sem entender o que isso significa, ele vai tentar descobrir. De início apenas com a ajuda de seu colega, com quem divide apartamento, depois vai contar com a ajuda de uma jovem garota, com quem mantém um relacionamento durante toda a história e que trabalha no Google, e depois com a ajuda do próprio Mr. Penumbra.
Quem são essas pessoas? Porque vivem pegando e devolvendo os livros e nunca compram nada? Como a livraria se mantém, se raras às vezes algo é vendido? Porque ele precisa fazer anotações de quem, como e todas as características de quem pega estes livros? E o principal, porque ele não tem permissão de pega-los? Essas são questões que, de início, o livro joga aos leitores.
Digo logo, de início é cansativo, mesmo o livro sendo em primeira pessoa e o personagem principal conversar diretamente com você – adoro livros assim. Mas depois que passarem algumas partes, mas lá pro meio da leitura, você não vai querer largar o livro e vai se surpreender com o final dele. Acho que acertaram por ser uma história de jovens e com coisas que vemos no dia a dia, que convivemos. Quem não conhece o Google? Quem nunca quis visitar suas instalações? O erro foi a história, de início, ser um pouco cansativa.
A capa do livro é excelente. Linda ,logo me chamou a atenção. Aliás, o comprei na Bienal do Livro em Pernambuco, em 2013, por indicação do meu grande amigo Jonathas Passos – e não me arrependo de ter adquirido. O fato de o livro ter uma livraria como cenário me faz lembrar dele a todo momento. Aliás, sempre me lembro dele também quando ouço falar em São Francisco ou no Google. Espero que gostem da leitura, pois vale à pena ler, mesmo no começo não sendo muito empolgante. E outra, não iria indicar um livro ruim a vocês, não mesmo.
É isso pessoal, até a próxima. Abraço!
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