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Foto: LLiterAgindo |
Por Leandro Silva
Bom pessoal, como no próximo domingo é comemorado o Dia das Crianças, nada como deixar a criança que existe em nós mostrar o seu lado. Pensando nisso, farei aqui uma crítica sobre um livro que, mesmo sendo considerado um livro infanto-juvenil, acredito que todos precisam ler, pois traz lições para a vida inteira e não necessariamente para a vida quando criança. O livro escolhido é ‘O Retorno do Jovem Príncipe’, escrito por Alejandro Guillermo Roemmers.
O livro dá seqüência à história contada em ‘O Pequeno Príncipe’, de Antoine Saint-exupéry, que faz grande sucesso até hoje – se não leu, leia porque vale muito a pena, não falo dele hoje aqui por acreditar que a maioria já o conhece. Mediante a autorização da família do autor francês e da Fundação Antoine Saint-exupéry, Roemmers traz pra gente o príncipe em uma nova fase de sua vida.
Se na primeira vez que aportou na Terra o Príncipe encontrou um piloto em pleno deserto, desta vez ele veio parar na fria Patagônia atrás do referido piloto. Para sua sorte, encontra o Roemmers - o autor conta a história com ele mesmo sendo o personagem -, que o coloca rapidamente para dentro do carro, ao ver que o Jovem está caído numa rodovia, coberto pelo seu ‘manto’ azul e nada mais.
É a partir daí que começa toda a aventura. De início o motorista do carro acha que é apenas um garoto normal, de cabelos loiros e uma pele que mais parecia uma seda. Com poucos minutos de conversa percebeu logo: não, não é um garoto qualquer, é alguém especial. A pureza no coração do garoto, o fato como encarava algumas questões relativamente simples foram determinantes para a conclusão do motorista. Durante todo o tempo que passam juntos, tanto o motorista quanto o príncipe aprendem um com o outro, sobre a vida, sobre tudo – e nós aprendemos juntos.
Acredito que um dos pontos altos do livro, algo que ele nos ensina de forma incrível, que também nos é passado pelo primeiro livro, o de Antoine, é o fato de encararmos as coisas de um outro modo. Posso citar como exemplo o fato, citado no livro, onde o autor/personagem, na dúvida, sempre espera o pior. Não sei se já aconteceu com você, caro leitor, mas comigo já. Quando alguém deixa de fazer algo conforme combinado seja lá por qual motivo for, eu penso sempre no pior: principalmente que a pessoa, no bom pernambuquês: fulerou. E nem sempre é assim, muitas vezes há um motivo considerável para não ter agido conforme combinado.
Muitas são as lições que aprendi com este livro, de verdade. A escrita parece muito com a de Antoine Saint-exupéry, Roemmers foi magnífico e bastante fiel, não me estranhou ter tido autorização para dar continuidade a esta bela história. Agora você me pergunta: qual o ponto alto do livro? É quando ele diz que o Jovem Príncipe abandona sua tradicional roupa e passa a se vestir como a gente. Ou seja, o Príncipe pode aparecer ao seu lado e você, claro, nem vai saber que é ele ali perto.
História encantadora e que vale a leitura. Criança ou não, é uma opção de livro para por na mesa de cabeceira. A leitura é rápida, o livro tem pouco mais de cem folhas e você vai se empolgar tanto que acabará de ler rapidinho. As páginas amarelas, as que mais gosto, são as que você encontrará nesta edição da editora Fontanar – que está de parabéns.
Bom, é isso pessoal. Abraço, boa leitura e até a próxima.
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